Por favor, me incomode!

Por favor, me incomode!

Tire - me dessa letargia

Que me deram os livros

Anos e anos de análise

Teoria atrás de teoria

Por favor, me incomode!

Deixe - me ao menos ser útil

Útil mesmo! Servir! Estender - lhe

A mão

Não me deixe abrir a boca

Nesses meus pseudo-conselhos,

Segundo Fulano e Beltrano,

Dê - me alguma utilidade prática

Pois, as minhas filosofias

São vãs.

Elas não serviram a ninguém

Nem mesmo a mim.

Peça - me alguma coisa, algum favor!

Para que ao lhe servir, eu encontre

O meu existir.

Eu sei que pareço me bastar

Não creia! Não faça como eu

Que quase acreditei

Na platéia que aplaudia,

Enxendo meu  ego de animação.

Não, eu não me basto!

E quando eu vier com a sabedoria

Escolástica

Diga: Basta! Já deu!

Por favor,  me incomode!

Porque a verdadeira HUMANIDADE

É empática!

Sabe sentir no outro

Mesmo sem sentir em si.

Adelaide Paula
Enviado por Adelaide Paula em 06/12/2017
Código do texto: T6192076
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.