Despertar
Tentando me encontrar , me perdi
Em meio ao caos , a demolição total de mim,
Ou o que acreditava ser eu...Falso eu...Egoico eu...
Desmoronando , quebrando inteiro aos pedaços
Para que então pudesse avistar , mesmo que ainda distante,
Jardim, lírios, borboletas, o brilho do sol, o orvalho, a neblina, cheiro da terra, azul do céu, água corrente, brisa leve.
A dualidade...
Inferno...Paraíso...
O que os separava...
De onde estava, a princípio, avistei um vale, escuro, longo, penoso, um longo e sofrido, doloroso percurso, mesmo assim, embrenhei a desbravar em travessia, confesso que desisti várias vezes, voltei á margem, e comecei de novo por muitas vezes, até que um dia, olhando em direção ao paraíso...
Pude perceber que no mesmo sentido do vale, acima dele, havia uma ponte, era também uma via de acesso, era reta bem feita, firme.
Bem, na verdade, era um pouco estreita, mesmo assim fui com coragem e já nos primeiros passos, pude tocar as asas de douradas borboletas, como quem me guiasse com sua leveza.
Venho avançando gradativamente a travessia nesse novo caminho já colhi algumas flores, a brisa aqui é leve, e fresca.
Continuo caminhando rumo ao jardim do amor, da luz, da paz, da cura.
Da fonte...
Do divino...
O divino em mim...
O divino que É.
Eu Sou.