A pessoa digna de amor é a que consentiu amar e ser amada! O paradoxo do amor... poucos estão dispostos a amar Jesus crucificado...

Deus se fez gente entre nós: Jesus não se vulgariza, senão eleva à divindade nossa frágil humanidade.

Dito de outra maneira, se faz igual a nós para ser nosso, nosso amigo, irmão, parceiro de estrada, solidário de nossa condição paradoxal, mortal e divinamente humano, para nos humanizar e elevar ao sobrenatural de modo mais heroico em seu amor incondicional e agapemente estonteante. Maravilha de amizade nos cabe - que após a queda original, original nos coube ao plano celestial sermos salvos, em Jesus e na sua paixão pela vida, pelo ser humano - e não se encarnar como anjo e nem ser dos anjos o salvador, mas ser nosso libertador consagrada para nos justificar eternamente como dignos do encontro definitivo com seu Pai, nosso Pai Nele, por Jesus e em Jesus.

"Este mistério é magnânimo, digo em relação a Jesus e à Igreja, corpo de Jesus." Efésios 5.21-33

Amém.

___________________

Reflexão diária: 10 de maio de 2016

Uma vida inteira de amor pode ser difícil, mas não é triste, e tem suas compensações. Na verdade, é a única vida realmente humana e feliz, pois é preenchida por interesses que são profundos como a vida, amplos como o mundo todo e de tão longo alcance quanto a eternidade. Só quando consentimos amar e concordamos em nos esquecer de nós mesmos é que nos sentimos realizados. Essa realização é invisível e misteriosa como a graça de Deus, mas nós a reconhecemos e ela é reconhecida em nós. Teremos de fazer uma revolução total, que é mudar o foco de nossa consciência e de nosso coração para o bem e a felicidade dos outros; embora essa conversão não reivindique nada para si, recebe tudo. A pessoa digna de amor é, em última análise, a única que consentiu amar.

Exigimos frequentemente que os outros nos amem sem estar dispostos a esquecer o eu, que é necessário para nos tornar dignos de amor… No entanto, quando alguém entende o paradoxo delicado e profundo implícito no amor e se dispõe a se dedicar sem reservar ou exigências de retorno, esse alguém certamente será amado e realizado.

Texto: Por que tenho medo de amar?

Publicado em Reflexão Diária - 10 mai 2016

16 mai 2016 às 1:07 pm, jose joão bosco pereira Diz:

O paradoxo do amor pode abrir precedentes de que precisamos de unidade e abertura de amor. Realizarmo-nos quando amamo-nos e amamos o outro como ele é. É isso o desafio e exige a abertura de si. Um esvaziamento do eu – o Kênosis – pois ninguém pode encher o copo de água se este já estiver cheio. Então, estar diante do outro é uma epifania e desvanecimento. Nem sempre o outro também vai nos acolher como imaginávamos. A tensão do eu-tu tem três rumos: aceitação, indiferença e fechamento. Simpatia, antipatia, empatia. E aprendendo e vivendo para saber que o amor tem níveis diferenciados de individuação: identificação do eu com o outro, a heteronomia, a autonomia relativa e a compaixão. Eros, filia, ágape. O outro como necessidade e fonte de minha satisfação; o outro como partilha de iguais e diferentes na amizade; o outro como possibilidade de transcendência de si e respeito pela sua condição como tal e nele se ama incondicionamente. O ágape é o amor maior: incondicional – tipo da mãe, que se aproxima à gratuidade do amor divino.

Jesus nos ensine a amar na cruz: poucos estão dispostos a amar Jesus crucificado: essa é a estrada da vida e da eternidade – nossa abertura à ressurreição.

Amo vocês. Peço orações pelo Brasil e pela estabilidade econômica, pela conversão nossa e dos homens públicos, que haja menos corruptos e corruptores. Ainda há esperança de um Brasil que aprenda com seus equívocos e acertos…

J B Pereira e contato@paroquiaimaculadaconceicao.com.br
Enviado por J B Pereira em 17/05/2016
Reeditado em 17/05/2016
Código do texto: T5638298
Classificação de conteúdo: seguro