A incompreensão do mundo por o outro ser diferente e fazer o bem ou ser de Jesus. História do cego que mudou de opinião sobre si.

Assassinato na igreja

Palavra do homem

O bispo de Cantuária Dom Tomás Becket e o rei da Inglaterra Henrique II não se entendiam. O rei queria mandar na Igreja, mas o santo respondia: A Igreja não depende do governo.

Um dia o rei deixou escapar este desabafo diante dos seus guarda-costas: “Covardes! Não há ninguém no meio de vocês que seja bastante homem para me livrar desse padre insolente?”

Dia 29 de dezembro de 1170, quando Tomás se dirigia para a catedral com seus acompanhantes, um grupo de homens enraivecidos invadiu o recinto sagrado, brandindo espadas e lanças. Uma voz rouca esbravejou:

– Onde está o traidor?

Ninguém respondeu. A mesma voz gritou:

– Onde está o arcebispo?

– Está aqui, respondeu Tomás, avançando intrepidamente. Não procurem o traidor, porque não encontrarão. O que vocês querem na casa do Senhor, armados desse jeito?

– Queremos que você morra.

– Estou pronto para morrer. Que meu sangue devolva a liberdade e a paz para a Igreja. Mas, em nome de Deus, proíbo que ponham a mão nestes meus companheiros, leigos e sacerdotes.

Apoiando-se conta a pilastra, preparou-se para receber o golpe fatal. Quatro homens avançaram contra ele com espadas desembainhadas. Só o quinto golpe de espada tirou-lhe a vida.

Palavra de Deus

Disse Jesus aos seus discípulos: Se o mundo vos odeia, sabei que antes odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que é dele. Mas, porque não sois do mundo (porque eu vos escolhi do meio do mundo), por isso o mundo vos odeia. Recordai-vos da palavra que vos disse: O servo não é maior do que o seu senhor. Se eles me perseguirem, perseguirão a vós também… (Jo 15,18-20)

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REFLEXÃO DIÁRIA: 30 DE DEZEMBRO DE 2015

Sou cego e sou feliz

Palavra do homem

Eram cinco irmãos cegos, todos já de certa idade. Residiam na cidade paulista de São Carlos. As noites e os dias eram iguais para eles. Aqueles olhos apagados, entretanto, não impediam que dos seus semblantes irradiasse um brilho indefinível e uma simpatia contagiante.

Antonio era o mais falador. Encurvado em sua poltrona, terço grande na mão, contou a sua história para o missionário:

– Sou cego há 31 anos, e sou muito feliz nesta cadeira. Em 1940 eu já estava cego. Mas era um revoltado contra minha doença. Tivemos missões redentoristas em nossa cidade. As pregações do missionário chegavam até nossa casa pelo alto-falante e atravessavam a janela do meu quarto.

Assentado em minha cadeira, comecei a escutar com muita displicência e indiferença. De repente meu coração começou a amolecer. Quando me dei conta, estava ajoelhado no chão, agradecendo a Deus pela minha cegueira. Os olhos do corpo continuavam cegos, mas os olhos da fé começavam a se abrir. Aqueles abençoados missionários acenderam uma luz na minha vida. Aqui estou há mais de trinta anos, cada vez mais feliz. Passo o tempo rezando. Consigo rezar vários rosários por dia.

Palavra de Deus

Meus irmãos, considerai uma alegria perfeita vos debaterdes em diversas provocações, sabendo que a provação da fé produz a constância. Mas, que a vossa constância se acompanhe de uma obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, nada deixando a desejar.

Palavra para a vida

O sofrimento acaba onde começa a resignação. Sofre menos quem sofre com amor.

Meste final de ano, é bom fazer um balanço: Tive algum sofrimento durante o ano? Eu soube sofrer? Fiquei mais rico ou mais pobre, espiritualmente falando?

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