PALAVRAS VAZIAS

Como observador das relações humanas acho interessante e ao mesmo tempo triste ver o quanto tantas pessoas distanciam seus discursos sobre futuro, de sua maneira de viver no dia a dia. Um gigantesco abismo é facilmente percebido entre suas palavras e suas ações, entre seus sonhos e suas atitudes diárias. Suas ações hoje não os aproximam da realização de seus objetivos e metas. Pelo contrário. Em muitos casos, os afastam.

Facilmente encontramos pessoas com belos discursos sobre estudar, praticar atividades físicas, fazer reeducação alimentar, conseguir aquela ou aquele par perfeito, digno e honrado para consumar um sério relacionamento a dois, entre outros; mas quando olhamos para a forma como vivem, suas ações, escolhas, sua postura, etc, vemos o profundo abismo existente entre as palavras e a prática, e que, em vez de estarem fazendo hoje as coisas necessárias para que amanhã alcancem seus sonhos, permanecem estagnados na vida, ou mesmo dando passos na direção oposta.

Embora ache extremamente saudável o desenvolvimento pessoal, profissional e social, e defenda que a evolução do ser humano passa pela leitura, por estudos, e por meditar sobre as coisas de forma geral, entendo perfeitamente normal alguém resolver viver longe de tudo isso, dedicando-se apenas a um dia por vez, sem planos futuros, sem grandes aspirações na vida. O que realmente me deixa assustado é o estado de auto engano, de engodo de si mesmo, de sabotagem contra sua própria vontade e a construção de seus sonhos; porque viver sonhando não é suficiente, se você não faz nada no seu dia a dia para concretizar esses sonhos. Como diria um velho sábio: não adianta viver sonhando e se esquecer de viver.

Nas palavras do grande estrategista Sun Tzu, essas pessoas “amam palavras vazias. Não são capazes de juntar o gesto às palavras.”

Como disse antes, cada um pode escolher fazer o que quiser com o tempo que lhes é dado. Você pode mudar, ou continuar como está. O que realmente acho danoso para a mente, o corpo, e a vida, é viver alimentando esperanças sobre sonhos que, a julgar pelo distanciamento entre as ações diárias que deveriam ser construtoras desses sonhos, e os próprios sonhos, muito dificilmente irão se realizar.

Meditemos!

Sandro França
Enviado por Sandro França em 17/12/2015
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