Luta diária pelo direito de viver

Vejo tanta gente sofrendo, lutando pela vida. Pessoas que trabalham e estudam, lutam por uma vida melhor, apesar de todos as dificuldades. Enquanto que outras querem tomar o que já foi processado, extraído do suor do outro.

Isso é uma grande injustiça. Todos somos iguais. Direitos e deveres a exigir e a cumprir.

Não é justo que uma pessoa trabalhe e a outra roube, assalte e às vezes, até mata o trabalhador.

Isso tem que acabar.

Enquanto isso na sala de espera...

De repente parei para ouvir, ver e observar a movimentação e as ações das pessoas e de tudo ao meu redor.

Pude perceber como a vida não para, a Terra gira e o povo continua a viver por mais difíceis que sejam as coisas neste mundo.

As pessoas andam, ouvem músicas, enviam mensagens, falam ao celular, marcam consultas, fazem exames, leem, conversam, perguntam, informam-se, tomam água, vão ao banheiro, previnem-se contra incêndios, protegem-se do frio, quando há ar condicionado, saem, chegam, sobem, descem escadas ou elevadores, enfrentam filas, esperam o médico, cochilam, cruzam os braços, reclamam, conformam-se, distraem-se, pensam, dormem nas cadeiras, mudam de posição, procuram jeito, esticam-se.

O tempo não passa e o médico não chega. Já é tarde e o povo cansado de esperar não desiste, insiste em ficar até ser atendido. Enquanto isso, contam histórias de milagres e a vida continua numa rotina circular.

Marinalva Almada
Enviado por Marinalva Almada em 26/09/2015
Reeditado em 09/02/2017
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