Arranco-te das veias, o sangue que nos juntou;
Me arrancás-te tudo o que Sou
Te dei vida, amor te dou
Me tirás-te do sério, fiquei Lava, vermelha de dor
Te dei flores, aqui estou
Me enforcas os lábios, estou muda
Te beijei, e beijo
Te abandonás-te, fugis-te sem mim
Me atei ao facto, por aí vou
Me apedrejás-te, em pensamentos e palavras
Me senti em ti, fomos da mesma cor
Me ensinas o que está errado,
sem saberes o que se passou.
Me arrancas ainda aquilo que quero ser
tudo o que pensas que sou
Te esqueces que nada sei,
a não ser que existo sem ser o que tu
queres que Eu seja.
Te perdoo, mas de escrava não tenho nada
Perdoa-te! Eu sei quem sou, e tu serás sempre minha
Das minhas veias, inventei-te
te dei forma e os sabores (...)
Rompimento? Não sei o que desejas
Me rompes-te por dentro, te vejo por fora
não sei já quem tu és, ou eu fui
Rompirei Mundos outra vés para que me vejas
te darei outra vez á Luz