O JULGAR

Quando nos deparamos com tantas doutrinas impostas pelo homem, nos desanimamos de participar de alguma reunião de caráter religioso. Não importam as denominações das Igrejas, a grande maioria elabora as palavras e a distorce para colocá-la no plano material ou de seus próprios interesses. “Isso é de Deus ou Isso não é de Deus”, “não julgueis o seu próximo”, são frases que eu escuto desde pequena. Mas à medida que vamos tendo vivência percebemos que temos que conviver com todos os tipos de ser humano, quer queiramos, quer não. A partir daí, nascemos e crescemos munidos de uma inteligência que nos obriga a julgar, discernir de acordo com os conhecimentos que vamos adquirindo. Por isso é bom ler todo tipo de leitura, estudar o que nos possibilita exercitar a inteligência. Quanto maior o conhecimento, maiores são os poderes de recicocínio lógico que vamos adquirindo. Julgar é parte inerente e intuitiva de quem vive, portanto, “julgo” ser uma hipocrisia as pessoas tentarem dissimular esses dons do nosso próprio pensamento. Desde que nos entendemos por gente entramos em julgamento. O bebê na sua mais tenra idade julga o sorriso da mãe ou do pai, julga a cara zangada de alguém quando não está fazendo alguma coisa boa. Estamos e vivemos SEMPRE em função do outro, não há como evitar, a não ser que nos tornemos desagregados, eremitas. Nenhum exercício se torna mais positivo para o cérebro do que o julgamento e a cultura. O grande problema do julgamento nos adultos experientes é quando estes selam em conclusões precipitadas, direcionadas para a maldade. Mas, sem essa de falso puritanismo de se ficar anunciando que não se pode julgar o outro!

Eliane Thompson
Enviado por Eliane Thompson em 20/06/2011
Reeditado em 21/06/2011
Código do texto: T3045779
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