Mensagem De Natal

( Poesia Recitada - HH018 ).

Clareiam-se, não distante, vaga-lumes,

Na noite calma de Dezembro,

Ponteando o Natal que se aproxima!...

Saúdam os grilos moradores dos campos,

E outros que venceram os atropelos

Do progresso!... Os da cidade-cimento...

Saúdam as estrelas que piscam faceiras,

Realçando os enfeites que pairam na nossa terra!...

A lua envaidecida desponta no alto,

E solta seu largo sorriso, preenchendo os vagos,

Impossibilitados pelas sombras!...

Saúdam os pássaros, que se avivam nessas auroras,

Entoando suas canções primaveris, selando inovações!...

Saúdam as flores...

As árvores que se vestem dos verdes,

Das cores com diversificados tons,

Para melhor exprimirem Alegria!...

Saúdam também as Crianças, que esperam,

E nos mostram ansiosas, o dia Dê!...

Os minutos interpõem-se em minha frente:

Vejo alegria nos rostos;

Venda que tapa desgostos;

Coluna, que por curto momento,

Barrará a tristeza;

Vejo a Paz acionada, qual o abrir das portas,

E, adentro, repousando!...

O Sorriso ecoa-se abstratamente pelo Universo,

E visivelmente para corações que o pressentem,

Estampa-se na face, como que lacrado,

Mas possível de ser rasurado!...

O rumor espalha-se nos minuciosos pontos,

No romper da aurora,

E desencanta-se ao entrar de um novo ano,

Qual cair daquelas chuvas, que emotivas,

Derramam-se e se esquecem da calmaria,

E desencadeiam as inundações...

Mas o importante é sentir... Vibrar... Cantar...

Por esse momento sublime, que palpita qualquer Coração:

Os que amam e sentem;

Os que querem o pressentem;

Os poucos anseiam se aliar.

É o Natal florindo!...

Flutuando qual uma nave,

Com a certeza da validade em nos visitar!...

Deixa que venham os sabores... Os odores,

Das coisas que assimilam,

Os que lhes ensinaram os eternos apaixonados!...

Que venham as chuvas!...

Pois caem e levantam perfumes da terra...

Das flores!... O cheiro da Primavera...

Venha o Sol... Mais que tudo,

Faz sentir, em redor, o Belo!...

Quisera vivê-lo todo dia!...

Quisera fazê-lo meu berço e deitar-me e deitar-te,

Assim divagar em meus sonhos distribuindo Felicidade!...

Quisera fazê-lo invólucro e colocar-me e colocar-te,

Ao centro, e seguir... Seguir... Quisera!...

Quisera fazer-te, não individual com querenças e repudias,

Um membro do meu organismo,

Para vivermos o que realmente é o êxtase do Natal!...

Quisera ser tudo, mas sou nada pelo Deus que somos,

Pois cada um faz a sua própria lei!...

Mas posso neste momento sacro,

Olhar para o céu, agradecer minha Vida,

O meu Sorriso, o meu Coração,

A mensagem que pude transmitir,

Especialmente a você que dedicou seu valioso tempo,

E desejar-lhe meu sincero afeto de um feliz Natal!...

José Corrêa Martins Filho.

José Corrêa Martins Filho
Enviado por José Corrêa Martins Filho em 10/12/2024
Reeditado em 13/12/2024
Código do texto: T8216125
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