O Novo Convertido
Novo Convertido. 07
A presença de Deus é inexplicável, não é palpável e não se vê.
Se crê e existe, nasce lá dentro, aflora em gozo um amoroso
desejo forte, isto é que é sorte de chegar perto e se estar certo
que é Ele mesmo, ali contido e arrependido o cristão chora, e ora e ora...
e deixa tudo, um absurdo, até mesmo aquilo, que ama em sigilo,
então se entrega, a si sonega, qualquer bem mais, pois tanto faz...
quer ficar perto e estar coberto, e a Cristo atado, interligado e não quer pouco
e como um louco, se apodera do que espera: da total Paz!!!
Exclama e fala e se regala e enche a alma tendo a Palma
e não consegue, não há quem negue, em se conter deste prazer
que é um mistério de um Império tão acessível, sendo invisível.
E quer falar e proclamar, fica simpático, e tão fanático!
Chora e ri vira guri, criança humilde, ninguém duvide
que dentro dele está Aquele que quer mostrar, manifestar
a todo homem que nasce e some, que Ele existe, nisto insiste
a alma interna, que a vida hiberna num corpo fraco, vai ao buraco
que tem a forma de uma cova, que dorme um sono vira carbono,
pra pouco estar, ressuscitar num grito alto, dando um salto,
indo ao ar Deus encontrar.
E é tão profundo e deixa o mundo e não se importa, viva ou morta,
em granjear ou laborar, riqueza aqui, pois crê que ali
a recompensa de sua crença, lhe suprirá, sendo que há
no infinito, lindo e bonito, a moradia de alegria!
Lá não há choro. Há ruas d'ouro, não há lembranças,
só tem bonança, lá não tem sol pois o farol!
É o Senhor, o Sol do amor!
José Aparecido Ignacio