entre a tristeza e a alegria
Não podemos quantificar o sentimento; apenas reféns de nossos próprios pensamentos e desejos, buscamos a alegria, a felicidade e o bem estar. Mas qual será a medida exata, o ponto balizador que definimos entre o sofrimento e a felicidade entre o poço e a amplidão do horizonte alegre; é deveras difícil termos clareza; mas acredito que seja algo intangível e muito dificultoso de ser medido e de estabelecemos uma métrica lógica racional, e embasada em fatos claros e concretos. Acredito que o marco balizador seja quando sentimos a vida fluir dentro de nós em tons musicais de ópera, quando olhamos para o mundo e para o próximo, de forma tenra e fraterna, quando a alegria, a satisfação transbordam em sorrisos e palavras amigas; quando mesmo que involuntariamente expressamos carinho e amor em gestos simples, pois a verdadeira beleza da vida, reside na simplicidade na pureza de um olhar contemplativo e atento a cada detalhe do Universo, Uno e maravilhoso. Portanto vejo como difícil estabelecermos um marco divisor entre o poço da tristeza e a felicidade, mas com certeza podemos ter certa noção mesmo de nebulosa a respeito, a fim de refletirmos. Pois como já bem dizia Sócrates, cito-o aqui de forma indireta; uma vida bem vivida deve ser refletida, e com certeza não vive bem e pleno quem não reflete a respeito dos seus atos e da sua vida. Vive sim na completa e inócua ignorância. Isto porque, conhecer é viver, é o que nos torna humanos na essência plena.