SIMPLICIDADE CAMPESINA

Simplicidade do tempo de poço e liquinho

Talvez a lembrança dos campos

Nas férias de verão na fazenda

No lombo de tordilhos santos

Presenciando as lidas lá da porteira

Como toda lembrança infantil

Montando arapucas ao passarinho tempo

Sem preocupar-me com o ouro vil

Na visão estupenda

de horizontes pesqueiros

Sem sentir-me mạis um

Na sanga dos vergueiros

Feche os olhos e acorde

feliz junto aos indios

Que cortiam pelas Missões

em terras sem alambraqo

Que sorriam em projeções

sem guettas com o passado

Nasci em terra de gente

arisca e brava

Com a rebeldia

que tem o homem sulino

Que nas patas do cavalo

○ destino traçavam

E num galope ganhavam

o horizôntico qesatinoTerta livre que hoje é vitimizada

por leis e por cercas

Que acabou com o gaácho

no circo de um estádio

○ que tive, foi um sonho

ha madrugada, poesias incertas

Sonhava com o passado que não tive, hoje em des-

vario

Instraạnsponível mesmo

somente a realidade

E quạndo a gente foge

a esmo,

simplesmente, vem a felicidade

Dava de mamadeira

aos cordeiros guachos

Ordenhava a vaca estrela

tudo sem cadeira

E roubava doce da bisa Angelina

nos tachos de boa beira

Fitava a lua e seus andeios

Esperando a época da bergamota

Ajudava a mãe com os queijos

E com os amigos

(Alessandro, Je, Jair, Diones, Felipe,

Alan, Tiago, Juliano, Zi, Eder, Juarez e etc.)

contava assombros e anedotasEscutávamos seu Pires lúcido

Comiamos feijão estragado

Parecia peão estilo conficio

Sempre uma lição no proseado

Quando ele bebia, falava de guerra

Do tempo que serviu na Palmeira

Triste por não voltar para sua terra

Mąs com muito sangue na algibeira

Um mundo de sombra e viço,

de sangas sinuosas

Em que meu cetro é O caniço

de pescar lambari

A pescaria nos recebia

em tardes amistosas

A fazenda hoje estå longe e ső,

e eu aqui...