A MENTE E A ALMA

A alma guarda o que a mente então esquece. É um sussurro profundo, uma verdade que ecoa nas cavernas do ser. Enquanto a mente, em sua incessante busca por lógica e ordem, se despede de memórias, a alma as acolhe como tesouros. Cada risada, cada lágrima, cada instante vivido se transforma em um fragmento eterno, um eco que ressoa nas profundezas do nosso ser.

A mente, com suas armadilhas e distrações, pode facilmente deixar escapar o que é mais precioso. Um olhar trocado, um abraço apertado, um momento de pura felicidade. Esses pequenos instantes, que parecem efêmeros, são guardados na essência da alma, onde o tempo não tem domínio. A alma é um baú de recordações, um repositório de emoções que a razão não consegue apagar.

Quando a mente se cansa, quando as lembranças se tornam nebulosas, a alma permanece vigilante. Ela nos lembra das lições aprendidas, dos amores vividos, das dores superadas. É na quietude do ser que encontramos a sabedoria que a mente, muitas vezes, ignora. A alma é um farol que ilumina os caminhos mais sombrios, guiando-nos de volta ao que realmente importa.

Às vezes, em momentos de introspecção, podemos acessar essas memórias guardadas. Um cheiro familiar, uma canção antiga, uma fotografia esquecida podem despertar sentimentos adormecidos. É como se a alma dissesse: "Veja, aqui está o que você pensou ter perdido." E, ao relembrar, somos transportados para aqueles instantes, revivendo as emoções com a intensidade de quem realmente viveu.

Assim, a alma se torna a guardiã do que somos. Em um mundo que valoriza o imediato, o superficial, ela nos convida a mergulhar nas profundezas do nosso ser. A cada lembrança resgatada, a cada emoção reexperimentada, nos tornamos mais inteiros. A mente pode esquecer, mas a alma, com sua sabedoria infinita, nunca deixa que nos esqueçamos de quem realmente somos.

E é nesse entrelaçar de memórias e sentimentos que encontramos a verdadeira essência da vida. A alma, com sua capacidade de guardar o que a mente não consegue, nos ensina que cada experiência, cada emoção, é um fio que tece o grande manto da nossa existência. Portanto, ao olharmos para dentro, que possamos sempre lembrar que, mesmo que a mente se distraia, a alma está sempre lá, guardando e protegendo o que é mais precioso.

Wallash Tom
Enviado por Wallash Tom em 06/01/2025
Código do texto: T8234845
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