MONOLOGO 1
Bravo! Bravo! sua capacidade de escrever sempre me surpreendeu, sua capacidade de correção as vezes foi até irritante, mas escreve muito bem, deveria escrever bastante, muito.
E sobre o assunto em si, com certeza é uma narrativa muito boa, benéfica de nosso relacionamento que muito me engrandece com certeza.
A história que conto não é muito diferente.
É certo que me considero tímido e tenho dificuldade de me expressar, e tenho também medo de me expressar, me considero responsável por cada palavra que sai da minha boca, e acho que minhas palavras tem "muito peso", magoa, machuca, fere, muda pessoas, dão norte para pessoas seguirem, sei que tudo é baboseira, mas penso assim.
Sei que dizer verbalmente as vezes é pior ainda, além do fato de ser palavras jogada ao vento, e levando em consideração que comunicação é imperfeita, que quase sempre chega distorcida e quem recebe a comunicação dependendo da temperatura própria interpreta a luz do momento, e sempre isto, traz distorções, que não é possível consertar depois.
Assim o dito mineiro é prudente ficar calado, falar pouco, para errar pouco.
Quando escrito, pode se reler, refletir, debater o que foi escrito, acentuar, colocar virgula e ponto, melhorar o dito e o não dito e as vezes consertar o dito.
Você diz com grande perspicácia de uma boa escritora. Muito legal, continue escrevendo os capítulos bons e ruins de nossas vidas e talvez tudo isto possa nos ajudar, e ajudar outros também. segue em seguida um capitulo que escrevia no final do ano passado.
Sei que meus capítulos são longos, estafantes, mal escritos, e as vezes contraditórios, então leia com cautela e com bons olhos e pensamentos.
Quando escrevi fui motivado pelo medo do alzimer que poderá estar próximo que venha impedir de relatar certas passagens, é certo que muitas coisas já esqueci, muitas coisas conto de forma distorcida e daqui a pouco não me lembrarei mais nada para contar.
Assim leia como se fosse um romance de terceiros e de forma fictícia, as boas partes se apropriem, as, mas tenha como sendo de terceiros e que não fazem parte de sua boa vida.
Gostaria de ressalvar, que este arquivo, me senti da obrigação de quando escrevi compartilhar com S, no final do ano passado. Espero que não tenha ciúme, que não se sinta pequena nele, pois é lógico que foi um relato que tentava dizer que tive vida e que muitas coisas estão sendo esquecidas.
Difícil explicar por que falar de algumas coisas, quando coisas importantes existem que superam em intensidade, qualidade, importância, e que deveriam estar sendo ditas, escritas; mas como a história do filho prodigo, as vezes temos que dar importância ao que está longe.
Sei que tudo é baboseira. S também é tímida, é logicamente com a soma de nossas timidezes, minha sua, do F, e de outras pessoas importantes de nossas vidas, preferimos falar do tempo, dos filmes, etc. afinal não temos alpendre, nem tomamos chimarrão e, portanto, não temos tempo para conversar.
Sempre me achei que gostaria de escrever "Cartas", trocar informações por cartas, registrar interesses por cartas. Já escrevi de mais, e deve já ter ficado chato. Obrigado pelo escrito. continue que só fará bem a todos.
Sempre confiei, que as coisas boas vão acontecer, mesmo aquelas que foram boas, deixaram de ser boas, sempre vão retornar. É certo que quando retornam de forma muito boa assusta e não estou falando de prazer, estou falando de um conjunto de coisas.
Sei que altos e baixos poderão retornar também; pois tudo que é muito bom pode esfriar, para depois voltar a esquentar. Arthur Schopenhauer diz que a felicidade só existirá depois da dor, e depois da felicidade terá que vir dor novamente para depois retornar à felicidade, ou seja terá que haver um ciclo. 2010