Por tanto tempo, frágil fantasia de amor,

Perdida na busca sem fim,

Até que tu vieste, rompendo o véu do reino infiel,

E fizeste do meu corpo o pouso

De um campo fértil de cúpula encharcada,

Chovendo sobre mim a fidelidade de um novo velho mundo...

Tu, o único,

Que escolhia estar comigo,

Transformando os momentos em eternidade.

Cada toque, cada olhar,

Um bálsamo que curava minhas fendas antigas,

E iluminava minhas noites sombrias.

Mas agora, os círculos não se tocam,

O lugar que dividíamos tornou-se uma ausência,

Um eco de lembranças que insisto em ouvir.

Mesmo distante, buscava a sombra da tua presença,

Como quem segue um rastro na areia

Sabendo que o vento logo o apagará.

 

O tempo tornou-se um espectador cruel,

Cada segundo, um lembrete daquilo que falta.

E ainda assim, nas profundezas da distância,

Carrego o calor dos momentos em que tu escolhias estar comigo.

Essa chama tênue que não se apaga,

Mesmo quando o silêncio ameaça engolir tudo.

 

Tu és a resposta que busco,

O nome que pronuncio, pequena sonora pronúncia sucinta...

Mesmo quando o vazio é minha única companhia.

 

Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 27/12/2024
Reeditado em 27/12/2024
Código do texto: T8227914
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.