Por tanto tempo, frágil fantasia de amor,
Perdida na busca sem fim,
Até que tu vieste, rompendo o véu do reino infiel,
E fizeste do meu corpo o pouso
De um campo fértil de cúpula encharcada,
Chovendo sobre mim a fidelidade de um novo velho mundo...
Tu, o único,
Que escolhia estar comigo,
Transformando os momentos em eternidade.
Cada toque, cada olhar,
Um bálsamo que curava minhas fendas antigas,
E iluminava minhas noites sombrias.
Mas agora, os círculos não se tocam,
O lugar que dividíamos tornou-se uma ausência,
Um eco de lembranças que insisto em ouvir.
Mesmo distante, buscava a sombra da tua presença,
Como quem segue um rastro na areia
Sabendo que o vento logo o apagará.
O tempo tornou-se um espectador cruel,
Cada segundo, um lembrete daquilo que falta.
E ainda assim, nas profundezas da distância,
Carrego o calor dos momentos em que tu escolhias estar comigo.
Essa chama tênue que não se apaga,
Mesmo quando o silêncio ameaça engolir tudo.
Tu és a resposta que busco,
O nome que pronuncio, pequena sonora pronúncia sucinta...
Mesmo quando o vazio é minha única companhia.