TUDO NA VIDA PASSA
É realmente curioso e, ao mesmo tempo, enigmático como a vida humana se desenrola. Às vezes, o amor parece ser a força que guia nossas escolhas e nos faz acreditar que encontramos algo eterno. Criamos sonhos juntos, fazemos planos e damos significado à nossa jornada com outro ser. Mas o tempo, esse grande escultor da realidade, pode transformar esses sentimentos e relações de maneiras imprevisíveis.
O que começa com promessas, com certeza e confiança, muitas vezes acaba cedendo espaço ao inesperado. O que antes parecia ser um destino inevitável, no fim se dissolve, deixando um vazio ou até a sensação de que tudo foi uma ilusão. E, curiosamente, em muitos casos, esse vazio acaba sendo preenchido por outra pessoa, outra história, outro capítulo. O amor e a perda fazem parte dessa dinâmica da vida, onde o que é eterno para um, pode ser efêmero para o outro. A natureza das relações humanas, com suas idas e vindas, nos lembra de que o que é certo hoje pode não ser amanhã, mas, paradoxalmente, ainda assim, há beleza nesse constante recomeço.
É um lembrete de que, por mais que tentemos controlar ou planejar, o que nos move é o fluxo da vida, que segue seu curso, nos conduzindo por caminhos inesperados. O mais importante é que, ao longo de tudo, continuamos a aprender, a crescer, e talvez, quem sabe, a descobrir novos tipos de amor e novas formas de nos relacionarmos com o mundo e com as pessoas.
Vantuilo Gonçalves
27 de julho de 2011