GENTE DESONESTA
GENTE DESONESTA
Na manhã desse domingo, 24/11, falei para minha linda esposa Luci que iria fazer um Experimento Sociológico.
Moro em uma mini chácara próximo a João Lisboa, um pouco antes do Camaçari. Especificamente no Recanto Estrela da Manhã, aonde fui o primeiro morador, quando não havia rede elétrica e ainda sem pavimentação asfáltica, rede de esgoto e água potável.
A Academia de Letras, na gestão do Agostinho Noleto, me concedeu um poste que ficou na parte interna da minha propriedade e a então CEMAR trouxe energia até minha nova residência depois de vários meses na escuridão.
Quando passei mais de um ano cursando o doutorado e o local ficou inabitável, com consumo quase zero de energia elétrica, parecia abandonado. Não era! Minha esposa e filhas vinham e tentavam manter o local limpo e decente.
Voltando do doutorado, encontrei notificação e corte de energia pela então empresa (EQUATORIAL) que vilipendia o povo com suas taxas extorsivas de emergia (Privativa que vai melhorar!).
Procurei o serviço público (Shopping Cidadão) para reclamar o abuso e fui “ORIENTADO” a desistir da ação contra a empresa. Notei claramente que o funcionário tina essa orienta$$ão para cada um que fosse buscar seus direitos.
Não deu outra. Mesmo protestando e mostrando o absurdo do que me cobravam, tive que pagar taxas abusivas, sob acusação de desviar energia, mesmo não comprovada, quando pedi que entrassem em minha casa para averiguar. Não o fizeram!
Pois bem. Construí meu paraíso particular plantando árvores frutíferas com atenção às espécies do cerrado. Como gosto muito de manga, especialmente a manga rosa, plantei dois pés, um deles doado por um aluno.
Tenho mangas de espécie, variedade de limões e JACA. A natureza já havia me presenteado com umas lindas árvores de jatobá e ipês amarelos e roxos.
As jacas são absurdamente doces e deliciosas. Antes doava para meu caseiro que fazia a manutenção da área. Hoje não posso mais mantê-lo e fazemos Dona Luci e eu a manutenção e limpeza.
Encontrei uma forma de presentear amigos, vizinhos, etc. Acordo muito cedo, um hábito que mantenho ao longo da minha vida, recolho as frutas da época, seleciono, lavo, ensaco e faço doação para pessoas indistintamente.
É incrível que tenha alguém que ainda reclama que as mangas não estão verdes, ou que estão muito maduras. Que as jacas das suas preferências são do bago mole ou do bago duro. É estupefaciente!
Agora, na safra de manga, coloquei sacolas penduradas no meu portão e escrevi um recado “PEGUE SOMENTE UMA SACOLA. É DE GRAÇA, MAS NÃO ESQUEÇA DE AGRADECER À NATUREEZA”. Foi um sucesso! Boa parte das pessoas não se contiveram. Pegavam duas, três sacolas e saiam felizes... Filmei todas elas.
Passei o domingo na casa da minha filha Carol, mas antes, tive a ideia de “vender” as jacas, pelas quais contratei uma pessoa para colhê-las, uma vez que o pé é vigoroso e alto. Isso tem custo financeiro.
Peguei um carro de mão, coloquei as mangas no lastro do carro e as jacas sobre elas, em torno de umas dez unidades. Colei um pequeno texto no portão:
Vendem-se Jacas. Polpa mole e adocicada. Variação de preços de acordo com o tamanho: R$ 10,00; R$ 20,00; PIX: ocirans@icloud.com
Confesso que criei alguma expectativa de, pelo menos um resquício de honestidade. Ao chegar em casa, fui logo verificar o resultado. Para minha decepção, ficaram só as mangas. Levaram todas as jacas. A menos de duas felizes criaturas. Uma fez um pix de R$ 20,00. Outra deixou R$ 20,00 na caixa de correios.
TENHO IMAGEM DE TODAS ELAS NAS MINHAS CÂMERAS. Não vou divulgá-las publicamente por uma questão ética inerente à minha personalidade. QUANTA DECEPÇÃO!