Renato Costa um Legado de Trabalho e Transformação

PARTE 1

Renato de Araújo Costa não foi um mito, nem uma figura idealizada. Antes de tudo, ele foi meu pai, meu maior orgulho, um exemplo de vida que inspira qualquer um a construir algo positivo e a focar no que realmente importa. Sua história me motiva a enxergar a vida com propósito e gratidão.

Quem foi Renato Costa?

Foi um homem visionário, um dos primeiros a trazer cultura e desenvolvimento à cidade de Mossoró/RN. Era o tipo de pessoa que vivia para o trabalho, transformando ideias em realidade, mas sem jamais perder a simplicidade e o brio da humildade.

Recordo-me de muitas manhãs em que, enquanto eu me preparava para ir à escola, ele já estava tomando seu café, pronto para mais um dia de labuta. Muitas vezes, seguia a pé para o trabalho, sem medir esforços para cumprir suas responsabilidades.

Na década de 1950 e 1960, Renato se destacou como um dos maiores empresários de Mossoró. Ele fundou a Rádio Difusora de Mossoró em 1950, ao lado de seu irmão Paulo Gutemberg de Noronha Costa. A rádio foi mais do que um marco empresarial; tornou-se um símbolo de progresso para a região.

Renato também foi responsável pela criação de espaços culturais que marcaram gerações. Foi proprietário do Cine Caiçara, que, embora encerrado em 1999, deixou uma frase que ecoa até hoje: "Vamos transformar um cinema morto em um teatro vivo." Ele também construiu o Cine Miramar, em Areia Branca, e o Cine Jandaia, em Mossoró. Esses centros de entretenimento uniam pessoas e deixaram sua marca na história local. Além disso, fundou a Editora Comercial Ltda, ampliando ainda mais sua contribuição à cultura da região.

Como se não bastasse, Renato ergueu o Edifício Costa Filho, no centro de Mossoró, uma homenagem ao meu avô, Sr. Costinha. Esse prédio, com 16 salas comerciais, é um símbolo do legado de trabalho árduo que ele deixou.

PARTE 2

Casado com Maria Aurineide de O. Costa e pai de quatro filhos, entre eles eu, que agora me proponho a contar um pouco da sua história. Embora motivada, também me sinto receosa, pois não sei se ele poderá ler tudo lá de cima. E, se por acaso eu escrever uma vírgula fora do lugar… bem, ele certamente me faria perceber. Renato Costa partiu cedo demais, com apenas 59 anos, deixando minha mãe viúva e nós, seus filhos, com um legado de vida simples, mas repleto de profundidade. Sua ausência é sentida, mas seu exemplo permanece vivo em cada um de nós e nas benfeitorias que ele proporcionou a Mossoró, ensinando-nos, por meio de sua jornada, a importância da dedicação, da família e dos pequenos detalhes da vida.

Infelizmente, os governantes da cidade de Mossoró até hoje nunca reconheceram o valor de um homem da estirpe do meu pai, Renato Costa. Nada existe em seu nome, nenhuma rua sequer. Não é da minha índole solicitar algo do tipo; acho que nesse ponto, pareço com ele. Mas, escrevo. E enquanto estiver aqui, continuarei escrevendo sobre sua importância para os mossoroenses e, especialmente, para sua família. Em especial, para mim, que sou sua fã incondicional, e que carrego em meu coração o orgulho imenso de ser filha de um homem tão único.

Gratidão,pai.

Sua filha,Neila Costa

Correção:Existe, sim, uma rua chamada Renato Costa, localizada no bairro Santo Antônio, no município de Mossoró - RN. No entanto, caso essa rua tenha sido nomeada em homenagem ao meu pai, o correto não seria utilizar apenas "Renato Costa", pois trata-se de um nome comum, com muitos homônimos na região. Por isso, considero mais adequado que ela seja denominada 'Rua Renato de Araújo Costa', preservando o nome completo, como registrado ao nascer, e garantindo a exclusividade e autenticidade da homenagem.

Neila Costa
Enviado por Neila Costa em 18/11/2024
Reeditado em 19/11/2024
Código do texto: T8199808
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