Memória II
Quando engravidei, senti-me a mulher mais sortuda do mundo…
E enquanto meu ventre crescia, a cada dia e mês que passava minha ansiedade crescia, e mais crescia. Meu coração parecia não aguentar a espera que era necessária, para aquele Ser vir ao mundo. Todos os dias, eu acariciava o meu ventre e falava com aquele Ser que em mim se formava, dizendo-lhe o quanto o desejava ter em meus braços e enchê-lo de amor e beijos. Quando me levantava, dava-lhe os bons dias, e durante o dia cada vez que podia, acariciava-o através do meu ventre, e de vez em quando seu pontapé forte, dava-me sinal de que estávamos em consonância de afectos retribuídos.
E todas as noites, antes de me deitar enquanto cheirava suas roupinhas, e embalava seu berço ainda vazio de seu corpinho, eu dizia-lhe: -“ EU TE AMO TANTO MEU FILHO, ANSEIO PELA TUA CHEGADA”, e agradecia a Deus Pai, por me achar digna de poder ser mãe… Quando perdi meu primeiro filho, durante um tempo, pensei que não era merecedora de ser chamada de mãe. Quando voltei a alcançar de novo, foi uma explosão de alegria, e apesar de todo o risco previsto, até que não foi nada mau, não senhora.
Deus, cuidou de tudo, desta vez, para que nada falhasse e eu pudesse concretizar meu sonho. O sonho de poder acalentar meu menino em meus braços, de encontro ao meu peito, e beijá-lo vezes sem conta, e tê-lo sempre no meu regaço de amor, de conforto e tranquilidade… Ele nasceu, e minha vida floresceu. Eu renasci de novo, encontrei a alegria, a força do meu viver, e até hoje anseio pela sua companhia, seu gesto de carinho, seu beijinho, e o seu chamar de mãe com a sua vozinha doce e carinhosa… E hoje, já menino/ homem continuo a fazer-lhe carinhos, a estar sempre que precisa ou não, e a dizer-lhe vezes sem conta o quanto o AMO, pois dizer a um filho, o quanto o amamos nunca é demais a meu ver. E farei isso todos os dias, enquanto a vida me permitir.
Tudo isso porque o meu amor de Mãe, por ele é INFINITO!
Eternamente INFINITO!