Poema de um matrimônio

O vigário todo nervoso

Já passava do atraso normal

Seria mandinga da ex que assistia

Ou um contratempo banal

Lá vem ela toda de branco

Linda donzela cheia de graça

Nos braços do varão da família

Sorrisos quando ela passa

Não haviam flores

Era quaresma, semana santa

Porém ela enfeitava a Igreja

Que a falta nem foi tanta

Enfin um beijo amoroso

E o desfecho do sacramento

Chuva de arroz na saída

Tudo era festa nesse momento

O casamento seguinte ao nosso

Foi uma surpresa grata

Era um amigo de infância

Nervoso esqueceu a gravata

Logo tirei a minha

E coloquei em seu pescoço

Sorri e fiz brincadeira

Vai te dar sorte seu moço

E assim se passaram os anos

De muito amor e pirraça

No mês de março daquele ano

Igreja de Nossa Senhora das Graças

Geraldo Faria
Enviado por Geraldo Faria em 10/11/2024
Reeditado em 11/11/2024
Código do texto: T8193936
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