Poema de um matrimônio
O vigário todo nervoso
Já passava do atraso normal
Seria mandinga da ex que assistia
Ou um contratempo banal
Lá vem ela toda de branco
Linda donzela cheia de graça
Nos braços do varão da família
Sorrisos quando ela passa
Não haviam flores
Era quaresma, semana santa
Porém ela enfeitava a Igreja
Que a falta nem foi tanta
Enfin um beijo amoroso
E o desfecho do sacramento
Chuva de arroz na saída
Tudo era festa nesse momento
O casamento seguinte ao nosso
Foi uma surpresa grata
Era um amigo de infância
Nervoso esqueceu a gravata
Logo tirei a minha
E coloquei em seu pescoço
Sorri e fiz brincadeira
Vai te dar sorte seu moço
E assim se passaram os anos
De muito amor e pirraça
No mês de março daquele ano
Igreja de Nossa Senhora das Graças