Uma Fase da Terceira Estação que Amei
Os botões da blusa que você usava e meio confusa desabotoava…" Assim começava mais uma noite mágica entre Soares e Asaff, que viviam um romance secreto, longe dos olhos curiosos do mundo. O céu estava salpicado de estrelas, e o som suave das ondas ao fundo criava a trilha sonora perfeita para aquela noite mágica. O barzinho à beira-mar era o cenário ideal para encontros e reencontros, onde amigos se reuniam para partilhar risadas e histórias. Mas para Soares e Asaff, aquela noite seria diferente.
Sentados à mesa com os colegas, entre goles de cerveja e cana, os olhares de Soares e Asaff se encontravam, criando uma dança silenciosa e íntima. Cada troca de olhar era como uma conversa secreta, um diálogo mudo que revelava mais do que palavras poderiam expressar. Eles tentavam esconder a paixão que borbulhava dentro de seus corações, mas o álcool, cúmplice dos amantes, fazia com que os sentimentos transbordassem.
Quando a noite avançou e o grupo decidiu se dispersar, Soares e Asaff sabiam que o destino os chamava para um lugar mais íntimo. Caminharam juntos sob uma leve chuva que começava a cair, cada gota trazendo consigo a promessa de um amor verdadeiro. Chegaram à casa de Asaff, um pouco molhados, mas com os corações aquecidos pela expectativa.
No interior da casa, a atmosfera era de intimidade e desejo. Asaff vestia uma blusa comprida de botões cinza, e enquanto seus dedos, meio confusos, desabotoavam um a um, Soares observava fascinado. Os botões da blusa, que pouco a pouco se abriam, revelavam um pouco mais de Asaff, e cada centímetro descoberto era um convite à descoberta de um amor profundo e sincero.
Assim que cruzaram a porta, o mundo exterior deixou de existir. Seus lábios se encontraram em um beijo que selou o que seus olhares já haviam prometido. Nos lençóis macios, amantes se davam, e os travesseiros soltos e as roupas pelo chão eram testemunhas silenciosas da paixão que ali se consumava. Braços que se abraçavam, bocas que murmuravam palavras de amor, enquanto se procuravam em meio àquela entrega total.
Do lado de fora, a chuva continuava a cair, mas dentro, o calor dos corpos falava mais alto. A capa molhada, pendurada, assistia a tudo sem dizer nada, enquanto a blusa que Asaff usava, agora repousava tranquila em um canto qualquer, como se soubesse que cumprira seu papel naquela noite inesquecível.
O coração de Soares batia tão rápido que parecia querer escapar do peito, mas ao se perder nos braços de Asaff, encontrou a paz que tanto buscava. Naquele momento, entre beijos e carícias, Soares soube que estava vivendo um amor verdadeiro, um sentimento que transcenderia o tempo e as memórias daquela noite inesquecível.
E assim, sob a proteção das paredes que testemunharam seu amor, Soares e Asaff escreveram juntos um dos muitos capítulos de uma história que prometia ser eterna, guiados pela certeza de que, apesar de todas as dificuldades, haviam encontrado um no outro o significado do amor.