da criança que em mim habita
eu, silenciosa, me mostro pro mundo
enquanto barulhenta sou em pensamentos
do lado mais íntimo, barulho
ao mundo, eu silencio
em tempos passados e vividos
(e tão bem vividos)
costumavam silenciar o barulho das crianças
e eu, como boa criança interior, não costumo atrapalhar
é que as vezes costumo me despir de mim
para vestir aquilo que eu também sou:
puro barulho silencioso
que transparece leve
como o vento que sopra
e feroz como um coração
que acostumou a amar.