da criança que em mim habita

eu, silenciosa, me mostro pro mundo

enquanto barulhenta sou em pensamentos

do lado mais íntimo, barulho

ao mundo, eu silencio

em tempos passados e vividos

(e tão bem vividos)

costumavam silenciar o barulho das crianças

e eu, como boa criança interior, não costumo atrapalhar

é que as vezes costumo me despir de mim

para vestir aquilo que eu também sou:

puro barulho silencioso

que transparece leve

como o vento que sopra

e feroz como um coração

que acostumou a amar.

Marianne Galvão
Enviado por Marianne Galvão em 30/10/2024
Código do texto: T8185457
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