A BREVE HISTÓRIA DE "HORÁCIO"

Dos “filhos” de quatro patas que tivemos lá em casa, “Horácio” foi o mais brabo. Pense num cão “violento”... Ele era da raça Spitz Alemão Anão. Mais conhecidos como “Lulu da Pomerânea”: Pequeno, todo emplumado, a calda dobrada sobre as costas, andarzinho curto, o fucinhozinho e as orelhas que lembram um coiote (em forma de pirâmide), é uma coisinha linda de se ver.

Quando chegou lá em casa, Horácio era ainda novinho. Minha mulher ganhou de uma cliente e logo se apaixonou por ele. “Rino”, nosso poodle preto, não gostou em nada da novidade e os dois disputavam, com muita "ferocidade", o carinho de Graça.

Quando alguém tocava a campanhinha os dois corriam naquela direção e a impressão que se tinha era que “Horacio” iria engolir o visitante inteirinho. Minha mulher morrendo de rir, pegava ele no colo e dizia: “Meu ‘filho’, se acalme. Deixe de ser estressado. É visita.”

Um dia, a mando de satanás, apareceram lá em casa duas porras loucas, fiscais sanitárias. Ambas com cara de doidas, dessas que jogam pedra, as infelizes viram ferrugem em panela de vidro, chifre em cabeça de cavalo, e exigiram a “cabeça” dos dois bichinhos, alegando que eles soltavam pêlos que poderiam cair nas sobremesas de encomendas que minha mulher vendia.

Nenhum dos argumentos convenceu aquelas psicopatas. Sob ameaças, minha mulher deu o pequeno “Horácio” para uma amiga, e “Rino” a outra, e se despediu dos dois bichinhos chorando feito criança. Eu mesmo me recusei a vê-los partir.

Um mês depois soubemos da morte de “Horacio”. Morreu de saudade... Malditas sejam aquelas duas que semeiam desgraças.

Chico Potengy

Em 17 de maio de 2013. 🌵

Em tempo: morávamos em uma casa espaçosa, onde os dois animais não tinham acesso à cozinha.

chico potengy
Enviado por chico potengy em 21/09/2024
Reeditado em 22/09/2024
Código do texto: T8156938
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