Visitas ao Jornal Tribuna do Norte

O período em que estive em Natal, pude ter o privilégio de conhecer a redação e a diagramação do jornal Tribuna do Norte. Jornal impresso que alcançava maior número de vendas no estado, em 1998 (lembrei dos jogos da Copa do Mundo daquele ano).

Lá trabalhava um amigo que conheci nos jornais de Mossoró. Seu nome é Edilson Martins. Ele conseguiu com que eu tivesse acesso aquele grupo de jornalistas, diagramadores, chargistas e paginadores.

Foi um choque de realidade, uma vez que só tinha trabalhado em jornal impresso “artesanalmente”, de forma menos moderna. As etapas de produção daquele jornal, era tudo em tempo hábil.

A Tribuna do Norte possuía uma máquina rotativa. Onde a impressão era feita em cores e já entregava o jornal dobrado para a entrega, o que dispensava a mão de obra de trabalhadores para dobrar o jornal. Isso me deixou impressionado.

Depois vi o como era realmente diagramação. Edilson era um dos chefes do setor. Tudo era realizado através de cálculos bem realizados em uma prancheta no centro de uma sala enorme e depois era entregado a um paginador que usava o Quark express em um computador para fazer a paginação.

Edilson, além de diagramador sabia paginar e quando precisava digitava o que algum jornalista entregava digitado em máquina de escrever, já que computador, alguns se recusavam a usar, na época. Carlos (o Black, como era chamado), também era diagramador. Chiquinho, mais jovem, paginador. E tinha outros que agora não consigo lembrar o nome.

A família Alves era a proprietária do jornal. Peixoto, Cinthia Lopes, Ana Ruth e Vicente Neto, era quem estavam a frente da equipe de jornalistas da Tribuna do Norte. Célia tinha uma coluna social (amor de pessoa e de sensibilidade). Canindé Soares mandando ver com suas fotos para o jornal. Sidney era quem cuidava dos computadores. Gustavo o responsável pelas máquinas no final do expediente. Além de vários outros da TV Cabugi, do Rio Grande do Norte.

A turma, em um certo sentido, sabia que eu estava precisando de uma força. Havia a esperança de uma vaga, que alguém ficasse de férias, já que eu tinha sido paginador de jornais em Mossoró. Houve grande torcida. Porém, não tive a oportunidade de fazer parte da equipe. Seria uma grande realização profissional para mim ou qualquer pessoa.

Porém, era um ambiente profissional. Todos tinham que ter máxima responsabilidade, já que dali saía as notícias que estariam nas casas de quem gostava de acompanhar notícias através de jornais impressos. Não era lugar de brincadeira, descuído ou qualquer outra coisa que não fosse o máximo de profissionalismo. Tive muita sorte.

Houve grande entrosamento. No que podia servir, lá estava eu observando ou indicando alguma coisa que poderia ter conhecimento. Foi um espaço abençoado, pois quando não tinha nada para fazer em Natal, ficava até o fechamento da edição, acompanhando tudo de perto.

Chegando em Mossoró, dividi com meus amigos paginadores e jornalistas como era a Tribuna do Norte e logo paginadores e jornalistas estavam indo visitar a Tribuna do Norte e ver o método realizado por aquele jornal.

“Nemo hominum quavis sapiens reperitur in hora. “

Canindé Neres
Enviado por Canindé Neres em 10/09/2024
Reeditado em 11/09/2024
Código do texto: T8148649
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