À amiga que desistiu de viver
Eu queria ter visto teus sinais,
Ter ouvido o que o silêncio dizia,
Na sombra da tua melancolia,
Escondia-se o peso dos teus "ais".
Tua dor, que era tão discreta,
Tornou-se ausência que inquieta,
Um adeus sem voltar nunca mais.
Agora, amiga, resta o lembrar,
Dos momentos que vivemos aqui,
Teu riso, tua força, teu existir,
Estão gravados no meu caminhar.
Se o fardo era grande demais,
Que tua paz, onde estás,
Seja leve como um pássaro a cantar.
Angélica Lima