Aquele abismo chamado ausência

Todos que me conhecem sabem que eu facilmente poderia tropeçar na rua, derramar café em alguém ou até esbarrar em um desconhecido.

Mas desta vez, a queda foi diferente. Foi pior! Caí no abismo causado pela falta da sua presença. Na ausência que sinto todos os dias.

Não há um só dia em que eu não me lembre das nossas conversas, das nossas gargalhadas, das nossas idas e vindas pelo mundo, das viagens planejadas e das realizadas juntos.

Não há um dia sequer em que eu não recorde o quanto as horas passavam rapidamente quando estava ao seu lado, o quanto você me fazia feliz.

Não há um dia em que eu não deseje estar ao seu lado, principalmente para morar por incontáveis horas no seu abraço, que era um porto seguro nos dias difíceis.

Lembro das viagens que fizemos para Bariloche. Obrigada por me apresentar um oceano de possibilidades e oportunidades.

A saudade que sinto é a certeza da ausência temporária; já a falta machuca, faz sofrer e chorar.

Dói.

A falta e a saudade nos fazem querer aquilo que já teve fim, mas a diferença está no abismo causado por cada uma delas.

Aos poucos, porém, essa falta foi preenchida. Não da forma que eu gostaria, mas com um novo significado. O abismo que antes parecia profundo agora se tornou apenas um pequeno buraco em que, vez ou outra, eu tropeço; já não é tão fundo, nem machuca como antes.

As palavras daquelas músicas que antes traziam o gosto amargo da saudade agora se tornaram mais doces. Tudo o que aconteceu fez com que eu quisesse mais de mim mesma.

Assim, as lacunas estão sendo preenchidas aos poucos, estrelinha.

Luzlunar
Enviado por Luzlunar em 10/09/2024
Código do texto: T8148053
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