Adeus, meu filho
Era um dia ensolarado de domingo. Aquele que prometia ser mais um dia comum, transformou-se em uma lembrança que marcaria minha vida para sempre. Meu filho, com teus cinco anos de pura inocência, era a minha maior alegria.
Decidi que precisávamos passar mais tempo juntos. Afinal, a rotina havia nos afastado um pouco. Com um sorriso radiante, ele aceitou meu convite para irmos ao shopping. Lá, enquanto eu buscava por novidades, ele se divertia em teu mundo particular.
No último andar, um espaço infantil o encantou. Era um paraíso de cores e brinquedos, onde a imaginação não tinha limites. Teus olhos brilhavam de felicidade enquanto explorava cada cantinho. Aquele momento era puro e mágico. Mas a felicidade duraria pouco.
Em um piscar de olhos, ele desapareceu. O pânico se apoderou de mim. Gritei teu nome, percorri todos os corredores, pedi ajuda. A sensação de impotência era insuportável. Buscamos por horas, mas sem sucesso. Uma senhora, com olhar compassivo, me disse que talvez ele estivesse apenas seguindo tua imaginação.
Ao voltar para casa, a dor era imensurável. Sentia como se um pedaço de mim tivesse sido arrancado. Olhando para tua foto, as lágrimas rolavam sem parar. Aquele "adeus" ecoava em meus ouvidos, um adeus que jamais poderia ser dito.