MINHA CASINHA DE MADEIRA

Oh, minha casinha, quando vou tê-la novamente em meus braços?

Quando vou poder sentir o cheiro de terra molhada quando chovia ao teu redor, olhando pela janela, poderias sentir a tua brisa e teus ventos entrelaçando-se a mim.

Como era gostoso balançar na rede, enquanto tuas paredes me seguravam.

Minha casinha de madeira, com chão batido de terra, as suas cores eram acinzentadas de madeiras envelhecidas.

Minha casinha, você não tinha energia elétrica, tampouco água encanada, mas você tinha um poço cavado milímetro por milímetro, por braços fortes e estonteantes.

Essa água matou minha sede por muitos anos, não havia necessidade de ter água na torneira.

Minha casinha de madeira, você tinha tantas árvores frutíferas em seu redor, que irradiava com seu cheiro de frutas e flores. Até hoje posso sentir o cheiro do caju de janeiro, esse cheiro segue até hoje nas minhas lembranças.

Tinha até um pé de castanheira enorme em sua frente e o que nos separava era esse pé de castanheira e a BR 174.

Existia um riacho de águas límpidas e calmas, porém geladas, ótimas para despertar às 5 da manhã para ir à escola.

Minha casinha, eu sempre te quis tanto, continuo te querendo e para sempre vou te querer, pois tu, minha casinha, por todos esses anos, nunca consegui te esquecer.

02 de setembro de 2024.