O sono do tempo

Acordei

E de todas as ações suscitei o esboço dos sonhos guardados

O tempo passou correndo e não negou-se pegar em minha mão

A velocidade das horas me afastava da puericia

Passavam-se as noites, passavam-se dias, passaram-se anos.

E na fome continua de vida

O tempo carregou-me em seu colo quando cansei de correr

As auroras gritavam por mim e lá eu tinha que comparecer

Cada minuto perdido eram cobrados com juros pelos abandono do verdô da idade.

A indecisão era minha parceria de todos os dias

O tempo não parava e eu ainda podia lhe acompanhar

O tempo entretando parecia viajar

As vezes lentamente como num barco

Outras vezes, mais rapido que um foguete em festa de reveillon

As primaveras pintaram meu cabelo cor de neve

O tempo acelerou os seus passos e eu comecei a cansar

A paralisia nostalgica dos lugares me fazia um "Janus"

Via o tempo avançando, simultaneamente, em duas direções opostas:

O pretérito em potência decrescente afastando-se lentamente

E o presente, o bem mais consciente e cheio de oportunidade

O futuro mecanicamente, estava muito além dos meus olhos.

O sono chegou...

Adormeci no sono da alma...

Candy di Encantus
Enviado por Candy di Encantus em 29/08/2024
Reeditado em 17/10/2024
Código do texto: T8140044
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