Colheita do Arroz
O levantar é árduo, dores no corpo, sensação de sono inacabado.
O café pronto sobre a mesa é o sinal de mais um dia que se foi e uma noite que começa.
Roupa pronta, banho tomado, cigarro apreciado, mas com prazo contado, pois a hora vem.
Estrada sinuosa, percurso longo e escuro, as vezes chuvoso.
Algumas luzes no caminho, placas luminosas, cidade acesa e fervorosa e ao mesmo tempo tensa por velocidade excessiva e buzinas.
É chegada a hora da colheita, portas se abrem, correria extrema para finalizar a colheita, chão sujo de arroz, óleo e especiarias.
Mais uma noite de água lançada, sabão espalhado, água puxada, chão limpo.
Então tudo se seca, tudo se brilha inclusive o dia que começa e novamente a estrada e o trabalho de limpeza árduo de um restaurante ficou para trás e o arroz do chão não existe mais, só no outro dia quando tudo começa em um ciclo interminável de sete dias, sete noites onde a colheita nos espera.