Tempo
Na caminhada diária ao trabalho
Observo as casas e suas arquitetura
Cada fachada conta sua própria história
Em cada qual com todas as suas memórias
Na varanda de uma delas, uma idosa se assenta
Na cadeira de área, testemunha tranquilamente
Observa as pessoas, como a vida se reinventa
Nesse vai e vem, na correria do cotidiano, sempre presente
Seus olhos fixados para um passado muito distante
Onde o tempo a tocava ao som da juventude
Lembranças que fluem como rio constante
Na varanda, na cadeira, em uma doce e leve reverência
Assim, ela aguarda tranquila e paciente
O resto do tempo que há ainda de passar
Pois o tempo é independente
Onde o agora é o eterno lugar