UM REGISTRO DE MEU DIÁRIO
20 DE JUNHO DE 2024 - DOMINGO
Agora são 20h06min - Somente a esta hora da noite, tive coragem para escrever. Não dormi bem. Às 4 horas da madrugada, acordei e não consegui dormir mais. Pensando... pensando.... em tanta coisa. Levantei-me às 8 e meia. Fiz o que deve ser feito toda a manhã. Em seguida, Fátima, Luigi, Marcella e Ana Júlia, amiga de minha neta, fomos à missa na Paróquia Maria Serva do Senhor. Gostei muito da missa. O evangelho de hoje referiu-se a uma passagem bíblica que mexeu muito comigo. Eis o texto:
“JESUS ACALMA A TEMPESTADE
35 Naquele dia, ao anoitecer, disse ele aos seus discípulos: “Vamos para o outro lado”. 36 Deixando a multidão, eles o levaram no barco, assim como estava. Outros barcos também o acompanhavam. 37 Levantou-se um forte vendaval, e as ondas se lançavam sobre o barco, de forma que este foi se enchendo de água. 38 Jesus estava na popa, dormindo com a cabeça sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e clamaram: “Mestre, não te importas que morramos?”
39 Ele se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: “Aquiete-se! Acalme-se!” O vento se aquietou, e fez-se completa bonança.
40 Então perguntou aos seus discípulos: “Por que vocês estão com tanto medo? Ainda não têm fé?”
41 Eles estavam apavorados e perguntavam uns aos outros: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?”
O padre Gleición, que celebrava a missa, fez uma homília muito significativa. Comparou o barco com o remar de nossa vida. Não foram poucas as vezes que achamos que nosso barco iria afundar, diante das enormes dificuldades que atravessamos em nossas vidas. Há momentos em que sentimos um desespero muito grande e achamos que Deus se esqueceu de nós. É a falta de fé. Disse o sacerdote que Deus não se esquece de nós, lembrando que Jesus estava dormindo no barco e os discípulos ficaram apavorados com medo de morrer. Jesus, calmamente, pediu que o vento parasse e que reinasse a calmaria. Chamou atenção dos discípulos dizendo-lhes que eles não tinham fé. Realmente, pensei eu, naquele instante, foram tantas as vezes que houve em minha vida tempestades imensas e somente Deus poderia me ajudar. Meu barco (minha vida) ficou por um fio. Não vou dizer que consigo romper com as dificuldades as quais atravesso. Há momentos que fico, sem dúvida alguma, muito triste e desesperançoso. Foi muito importante a reflexão a fim de que, eu, diante dos problemas que hoje atravesso, posso contar com um Deus misericordioso que jamais me abandona. Até hoje, graças a Ele, em mares revoltos, com tempestades terríveis, tenho remado o barco e chegado à margem são e salvo. Senti um fortalecimento de minha fé ao ouvir a mensagem do sacerdote. É importante lembrar que o padre fez também uma analogia, considerando o barco como sendo a nossa Igreja. Houve momentos em que ela se encontrou em profunda tempestade, mas não afundou. Foram muitas as circunstâncias que a Igreja de Cristo passou por dificuldades imensas. Muitos santos deram a vida por Jesus Cristo, às vezes martirizados, e não se entregaram ao gosto do diabo. Como exemplo, foi lembrado o texto bíblico que cita Jó. Homem rico, riquíssimo, que perdeu tudo mas não abandonou. em momento algum, a crença que tinha em Deus.
À tarde, Fátima e eu fomos almoçar em um restaurante no bairro Padre Eustáquio. Depois um sorvetinho para não perder o costume . Chegando a casa, por voltada das 15 horas, resolvemos assistir a dois filmes gerados pela NETFLIX: o primeiro deles, Alerta de Risco, e o segundo, A Herança. Este último mexeu um pouco com meus sentimentos. Não vou narrar o que aconteceu em seu enredo. Mas uma coisa muito triste foi revelada. Um homem, passando-se por uma pessoa do bem, conseguiu enganar uma personagem. Vi como nós, muitas vezes, acreditamos piamente em uma pessoa e depois nos decepcionamos por descobrir que ela não significava nada daquilo que pensávamos. Mas tudo bem. O cinema nos traz muitas lições. Devemos aproveitar aquelas que nos ensinam alguma coisa. Amanhã, se Deus quiser, estarei aqui de novo para continuar meu diário.