Te prometi palavras

Tudo que eu podia te oferecer. Era tudo, mas não foi o suficiente.

 

Menina, sei que tu procuravas a paz de um amor tranquilo e de um coração totalmente desarmado.

 

Lembro-me bem do dia que disse que teu maior sonho era deitar na grama após o piquenique e contemplar meus olhos.

 

Tu querias as flores, fazer amor enquanto ouvia o barulho de chuva lá fora. Tu querias a banheira com pétalas de rosas vermelhas com água morna para que nossos corpos juntos permanecesse um só.

 

Fui sortudo, confesso. Sortudo por tu teres achados que poderia encontrar tudo que tanto almejava em mim. Mas eu não tinha.

 

Às vezes questiono-me se eu deveria ter me esforçado mais ao invés de te deixar fantasiar tantas coisas, como por exemplo: a viagem que faríamos juntos com os amigos para Itália ou aquele jantar à luz de velas que tu tanta querias.

 

Confesso. Eu deveria ter me empenhado mais, talvez eu deveria tê-la levado à Itália à um restaurante romântico. Eu deveria ter visitado teu lugar favorito. Eu deveria ter experimentado a tua comida favorita.

 

Admito. Eu deveria.

 

Mas, eu só tinha palavras. Eu só poderia te oferecer elas.

 

Reconheço que para todas as tuas ideias. Para tudo que querias eu confirmava. Eu concordava.

Fui tolo. Apressado. Eu só tinha palavras.

 

Mas não demorou para que tu arrumasse as malas para ir em busca de tudo que teu coração almejava viver comigo.

Fui tolo. Fui tolo. Te perdi.

 

Mas tu fizeste tudo aquilo que demasiadamente eu acenava que sim com a cabeça. Fizestes as malas, menina e foi viver.

 

Seja feliz. Voe.