Olhos ocultos

Na estrada oculta da Vida

Encontramos pedras e serpentes

Escondido no recôncavo da alma

Das curvas das estradas no abismo

Abismos que criamos

Dentro de nós

Que com as nossas mãos

Alimentamos e damos vidas

Mas logo que viramos a curva

Dessa Estrada imaginária

Mas tão real

É que percebemos claramente

Que ela nos atraem

E nos arrebentam

Como um navio naufragando

Em um mar em ondas furiosas

E como náufragos

Fracos que somos

Percebemos que somos nada

E nos entregamos a sorte

Sorte disfarçada de bondade

Sorte que nos intimida

Que cautelosamente sem piedade

E com olhos assustadores

Nos devorando

Se alimentando

Das nossas esperanças

Sem perceber

Nos vemos

Sendo arrastados

Por estradas

Escondidos no recôncavo da alma.

LuzdoSol
Enviado por LuzdoSol em 25/06/2024
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