SEM CAFÉ, SEM CULTURA

O feicibúqui hoje está me relembrando o texto abaixo - do dia 12 de junho de 2017.

Sábado pela manhã encontrei, no Grande Ponto, o professor Antônio Rodrigues Neto - poeta e trovador. E foi só lamento. Um chororô maior do mundo de "ambos os dois". Lamentamos a perda do Café São Luiz, cuja calçada era o nosso "ancoradouro" intelectual. Muito embora fosse também um lugar maldosamente chamado de "calçada da maledicência". Mas tudo intriga da oposição. Imediatamente elenquei algumas perdas preciosas: Edmilson Andrade, "Dotô" Geraldo Caldas, "Dotô" Chisquito, os trovadores Revoredo Netto, Seu Francisco Bazerra, Seu Sebastião Soares, o meu colega alecrinense trovador Francisco Macedo, e tantos e tantos outros. O professor lamentou, particularmente, as perdas literárias. Sim, entre o final dos anos 80 até os anos de 2002, 2003, 2004, vários "jornais" alternativos circularam naquele espaço do líquido africano: "O Segrel" de Seu Francisco Bezerra, "Trova Viva" de Joamir Medeiros, "Trova Natal" de Reinaldo Aguiar, "A Trombeta" de Sebastião Soares, "Almenaras", "Germinal", "Trovadoando", e "Albor", todos de Rodrigues Neto. Depois as opiniões do articulista Fcésar Barbosa no seu "O Potiguar". E como Natal é campeã mundial em copiar, apareceu uma outra publicação com esse título, fazendo o livre e odiado pensador mudar para "Folha Esbórnia", depois "Esbórnia". Este último em papel reciclado. Também havia o "De Esquerda", de Osório Almeida. E uma publicação escrita e editada por Pedro Grilo, mas eu não me lembrei do nome, nem fiz o professor se lembrar, pois não se falam. O certo é que a cultura potiguar (estou falando de Natal, não do RN), perdeu muito, pois os anos 90 foram, para a cultura local, de um valor "felaputista".

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O professor, poeta e trovador Antônio Rodrigues Neto faleceu em 29 de outubro de 2022.

Chico Potengy
Enviado por Chico Potengy em 12/06/2024
Código do texto: T8083930
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