É COCEIRA DE SALDADE!...
É COCEIRA DE SALDADE !...
Digo que hoje a saudade
Está mexendo comigo
É coceira diferente!...
Que mexe com os pensamentos
Viajando longas distâncias:
São os efeitos do tempo.
Poetisa Inês Nery
A CASA 🏠 DA MINHA AVÓ
COM RABISCOS DE LEMBRANÇAS QUE A MEMÓRIA ME EMPRESTOU EU DESENHEI COM CARINHO ❤ AS CASAS 🏠 DOS MEUS AVÓS
Isso é título de poesia
Que ainda não publiquei:
Constando nos meus arquivos!...
Os chamados HDs
Quem sabe um dia eu decida
Organizá-los em livros
Se Deus permitir o farei.
Sitio SAIA, representa ,
E parte da minha infância!...
Onde os adultos da época
Deixaram-me referências!...
Canjica! Bolo 🎂 no forno
Não era à gás: era à lenha
Quem não viveu essa história
Não sabe o que representa.
Esta era a casa 🏠 de Finha
A minha avó materna
Tinha o barreiro do Saia!
Um grande açude da época
Latas d'água na cabeça
Muita lavagem de roupas
E a minha avó era a dona
Da grande propriedade
Onde o " barreiro do Saia"
Estava localizado
Atraindo muita gente
Em busca de suas águas
Suprindo as necessidades
Todas que ela nos presta.
Casa de madrinha Jove!
Seu Zé Pedro, tia Bernarda
Também do Zé Aniceto
Meu Deus! Hoje a poesia
Cutucou-me!... pra escrever
Sobre estes tempos remotos:
Destino dos que escrevem.
Lembro de cada detalhe!...
Portas 🚪!... tramelas!.... janelas!
A jarra perto da (porta da cozinha)
Sempre cheia era um detalhe perfeito.
E nesta calçada alta!
Aí na frente da casa 🏠...
Ficavam as muitas conversas!...
E as histórias que minha vó
Contava enquanto em seu colo
Os meus ouvidos 👂 atentos
Ficavam até que eu dormisse
Embalada no seu colo:
E que nos dias de hoje
Quase não mais acontece.
O "celular" invadiu!...
Destruíndo estes valores
Tantos que não se descreve:
São inúmeros, não há tempo,
Mas posso- vos assegurar
Que o estrago é intenso
E o resultado perverso.
O Cajueiro ao lado!
De frutos doces e amarelos
Era logo na entrada!
E creiam! Até do seu tronco
Eu lembro como ele era.
Também tinha um pé de pinha
Pertinho de uma janela
Lá do quarto da dispensa:
Minha avó chamava assim
Era o último da casa
E a cozinha junto a ele.
A menina aí de farda
Representa minha chegada da escola
Mais perto da casa dela;
Meu pai aí com enxada trabalhando
Numa parte da herança (de minha mãe),
De um dos seus ancestrais
Onde ele plantava o milho 🌽
E a colheita era uma festa
Tinha o Manuel Palmeira
Que gostava de cachaça
E sempre estava com ela.
Lembro de todas as árvores 🌳!
Porque nelas eu subia
E descrevo, se preciso,
Cada fruto e seu sabor
São coisas que não se esquece.
Um 🐕 cachorro sempre havia
Faz parte deste cenário
Embelezando e fazendo
Felizes os que cuidam deles.
Há muito mais pra dizer
Mas me contento com o texto
Que certamente estarei
Relendo sempre que houver
Tempo pra esses contextos.
Autora:
Poetisa Inês Nery