Krenák (Novo)

Que saudade de outros tempos

Aqueles de rodas nas ruas

Na aldeia de pedra tinha risos

O curumim e a cunhatã brincavam

A única janela aberta era a de vovó

De tardinha ela chamava pra merendar

Só não podia entrar com os pés sujos

E as mãos tinham que ser lavadas

Sentia-se o chão e a flora

Sentia-se a natureza

Sentia-se a cidade crescer

Sinto que tenha mudado tanto

A janela de várias janelas chegou

E com ela uma grande inovação

E agora curumim e cunhatã vivem presos

Dentro de um Meta Verso

Onde o personagem principal é virtual

E como a violência cresceu na cidade

É melhor que estejam dentro de casa

A evolução trouxe grande mudanças

E a aldeia de pedra virou metrópole..

E a ideia de certo é: viva ao progresso...

E ainda tem gente que diz é: só mato...

E o preconceito é a única coisa que não muda...