Chegou minha hora

Chegou minha hora de memoria, das tantas quantas e tantas, tenho gosto em relembrar. Assim ainda me vejo jovial, por serem tão nítidas as tantas, que por exercício me propus lembrar. Não foi nostalgia ou saudades, más um exercício como dos que frequentam academias de musculação.

Assim sem escolher métodos pedagógicos e, até sem pretensão de avaliação pois pela idade acreditei algumas poderia surgir em minha mente de forma obscura, ou até talvez impondo um significado diferente, pois o hoje escrevendo poderia dar um significado diferente do que houve em tempos idos.

Embora escrevendo, tenha mesmo uma conotação importante do tempo que me deixo lembrando de certos momentos. Assim entre a realidade e as lembranças o tempo continua gerando momentos, momentos dos quais sei, poderá um dia chegar a ganhar a alcunha de saudade. Assim até tenho pra mim, o mais versado em saudades, foi o homem que se tem noticias de que foi o aquele que mais viveu neste "mundo", Matusalém.

Fico desta lembrança em ler, viajando entre muitos sentimentos e certezas. Uma das certezas minha, que talvez tenha construído, ou mesmo me apoderado como minha, sendo por ter estudado o fato por algum motivo dentro do tempo tempo estudado. Falo de Moisés, este Patriarca que escreveu alguns dos primeiros livros da Bíblia. O primeiro registro creio de memoria, registrado ao menos para quem acredita na bíblia. Pois Moisés o induzindo as lembranças, ficamos sabendo dos tempos de Adão e Eva, de como se deu aquele inicio descrito por Moisés.

Bom longe de ter encontrado um Matusalém, que pudesse me dar um Norte, uma vez que minhas lembranças estão longe de religião, porém o fato que as escritas iniciais dela dá Bíblia, deva estar ligada de forma inequívoca ao encontro destes personagens bíblicos.

Bom garanto estar só e sem grandes histórias, destas que possa mudar de qualquer forma o rumo da humanidade, não que não gostaria de ter o poder de convencimento, de mudar o rumo perverso que a humanidade escolhe para resolver seus problemas, seja politico social ou pessoal.

Neste meu caso, apenas um exercício mental, que me chegou das core do chocalho no berço, a chupeta tão viciante, que só á desprezei aos sete anos, para ir para escola sem passar vergonha dos coleguinhas. Aqui, nem tão longe assim, que até me pareceu ser ontem o segundo milênio, em seu último século e as já estas décadas, deste terceiro milênio.

Traçando então cronologicamente esta minha passagem, há recordações que agora me veem, que já cheguei cantar em prosas e versos, como quando na Estação da Luz em São Paulo, vejo o Motorneiro sair no entardecer da estação, e o fogo na fiação e o seu tilintar, como são magicas estas lembranças, e acreditem eu ter varias destas que me chamou atenção, que acredito até das muitas chegam me influenciar no que me tornei hoje, um velhão na procura de viver sabendo que do meu livro dá vida há poucas paginas para as lembranças. E talvez este fato, pode estar me influenciando em um viver entre a nostalgia, as muitas lembranças e várias saudades. Isso faz o ser tentar entender a vida no quesito valeu apena.

E assim crendo no tanto que valeu apena, enxergar um mundo tão cheio de felicidades que creio seriamente na vida não precisarmos de religião, fé em deuses e coisas do gênero. Lembrando aqui de Atenas e seus mitos, fico feliz em lembrar do mito da caverna, que refletia as sombras em suas paredes, quando ao sair enxergar um mundo novo ainda em vida. Talvez seja isso, o eu guardado em minha vida, revendo de sua caverna á vida, mesmo que ainda pra mim mesmo ainda seja desconhecida.

Quantos motivos temos de nos dedicar as lembranças, um tônico, um elixir entre a saudade e a razão, que faz do tempo nosso norte, ainda que só exista no passado, que de repente entre um lapso de tempo, o transmutamos através das lembranças e a vivemos sem sombras e nos deliciamos.

Bom quero ainda poder ter tempo para pensar no passado, reviver lembranças e gerar delas poemas e belas discussões sadias, que enobreça o presente e nos traga razão para dizer há tá valendo a pena, e aí um brinde a paz que nos dá o tempo de lembrar, lembrar de tudo que já vivemos.

Kiko Pardini
Enviado por Kiko Pardini em 04/06/2024
Código do texto: T8078562
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