Lembrança..., mesmo tristes nos fazem felizes.
Infância, ah á infância nunca esquecida. E dela a força interior que nos molda, nas sutilezas de um entender sem clareza, nos forjando dia após dia, mesmo em manhãs frias e sofridas.
Há na infância que enxergamos a imensidão do palco e os seus dramas. Mesmo na casa, nem tão grande, onde a riqueza inexistente tornasse á joia mais preciosa destes tempo, onde um pequeno da casa terreno, tornasse universo cheios de aventuras e castelos.
Natais em família, onde alegrias surgia pela magia dá cultura que existia, tudo o que havia era meigo, tudo era ternura e nossas lembranças a tecer um novo ser, na sociedade humana cheia de casas, vilas, cidades, Estados, Nações e no mundo a nos acolher.
Um dia um acidente, quebrei o cotovelo, aí gesso dores e correria. Más a coisa ficou séria e tive de ser operado. 13 pontos e pinos de platina. Então passei a viver com um braço duro que não se movia. Bom este fato não tirou de mim a magia, ainda me entendia como criança feliz, vivendo os meus dias. Nas dificuldades via, que houve uma diferença nas brincadeiras que não conseguia, aí um entendimento dá sociedade que viva, entre escola a rua e em casa com a família.
Aí a plateia que antes no anonimato se perdia, surge em suas alegorias, colocando como aleijado por toda vida. E sim enquanto aleijado vivia, com um que não se dobrava, nem enquanto comia. Havia de ter uma mão amiga, em cada refeição, até que com passar dos dias consegui aprender sozinho novamente voltar a comer. O banho também não me era assim tão fácil, principalmente nas horas de me vestir.
Más no terreiro onde se esconde um universo de fantasia ia me recompondo, dias após dia com muito exercícios que a infância propicia até bola de gude já conseguia. E tudo pareceu um pesadelo que teria fim, as consequências já sabia ás superaria. Más o destino cruel quis me provar minhas covardias, e o outro braço, dá mesma forma se quebraria, em um diferente acidente, fui novamente operado e braço direito e esquerdo, presos pelos cotovelos não se movia.
Ah, aí, aí, aí quanto sofria, más aprendi resignado enfrentar e, exercícios caseiros, brincadeiras com irmãos, analgésicos e alegria, estes foram meus remédios, além dá paciência de toda família. Até aí já havia perdido 2 anos primário, más minha dedicação repetir não me permitia. Porém até hoje sinto falta das aulas perdidas. Vivendo agora no inicio dos anos 70 em escola particular, presente dos meus pais pros filhos dá família, que me foi de grande valia. Estudando e já trabalhando desde 1969, como Estafeta em escritório de advocacia, vivia entre ônibus escola e família.
Porém minha vida continuou na mesma normalidades de todos, mesmo "ganhando tempo" em exercícios repetidos que iam de forma gradual restituindo os meus movimentos.
Bom consegui me tornar um cara norma, sem consequências que restringisse meus movimentos ao ponto de ser notada minhas cicatrizes. Apesar de ter pedido importantes aulas, hoje com a tecnologia venho aprendendo muito. Alias hoje vivo meus 66 anos, esperando chegar aos 100.