O fim de Frota, um patridiota
Demissão em 12 de outubro de 1977
Em 10 de outubro, Geisel anunciou aos seus aliados mais próximos, os generais Golbery do Couto e Silva e Hugo Abreu, que iria demitir Silvio Frota dentro de dois dias, quando seria feriado em Brasília. Seria a primeira exoneração de um ministro de Exército desde 1964.[2] Golbery e Hugo Abreu instruíram o Diário Oficial a funcionar durante o feriado.
No dia seguinte, em 11 de outubro, Geisel informou sua decisão aos comandantes dos quatro exércitos.
Em 12 de outubro de 1977 Geisel recebeu Silvio Frota. Foi publicado no Diário Oficial a exoneração assim como a indicação de Fernando Belfort Bethlem, ex-comandante do III Exército, como sucessor.
Silvio Frota elaborou um texto de oito páginas para ser distribuído para todas as unidades do exército, o que não é feito.[2]
Após sua exoneração, sentindo-se ideologicamente contrariado, retira-se da vida política, não obstante manifestações ocorridas em favor de sua candidatura, com o apoio de chefes militares como o marechal Odílio Denys, o almirante Augusto Rademaker e o brigadeiro Márcio de Sousa Melo.
Lei da Anistia de 29 de agosto de 1979
Em 1979, após a edição da Lei da Anistia, Frota voltou aos noticiários como crítico da medida. Divulgou uma polêmica lista de supostos comunistas infiltrados no funcionalismo público.[9]
Após isso, evitou novos pronunciamentos públicos até morrer em 1996.