Pensei
- Mas, tem que sobrar, Carmem?
Essa foi uma pergunta feita há muito tempo em uma confraternização de graduação, quanto ao que seriam dos quitutes não consumidos, que seriam oferecidos de bom grado aos seguranças do campus.
- Não, porque "se tiver que", já não é sobra.
Uma resposta bem irônica à gula da pergunta, que não cabe (até hoje), de tão inflada a pose da inquiridora.
Na época, não respondi assim, mas pensei. E pensar também é resposta: deveria ter respondido àquela banguela, com certeza, de bandeja.
(Memória vem de truz)