1º DE MAIO DE 1994
Era um domingo. Feriado Nacional que caiu num domingo. Mas, para nós, brasileiros, não era um domingo comum, era um domingo com o Grande Prêmio da Fórmula 1, e nós, já acostumados a vitórias, iríamos assistir mais uma. Todos os televisores ligados, às 9 horas da manhã, para ver de perto a vitória do nosso ídolo.
Quem é esse ídolo que nos faz até esquecer que o feriado caiu no domingo. Que ídolo é esse que nos faz acordar com a esperança de um dia perfeito.
Era maravilhoso chegar ao trabalho na segunda-feira, radiante de alegria, porque havíamos conquistado, mais uma vez, o 1º lugar do pódio. No Japão, na Europa, na Austrália, no Brasil, ou em qualquer lugar, era ele que emocionava a todos, quando depois de 60 voltas tomava banho de champanhe.
Nós, éramos, junto com ele, os campeões de automobilismo.
Naquele domingo, tomávamos café ao som dos motores e da voz do narrador que, embargado pela emoção, narrava, passo a passo, o trajeto do nosso grande campeão.
De repente, numa curva , na pista de San Marino, vimos o nosso ídolo tendo seu carro desgovernado, sendo arremessado contra um muro de concreto. A nossa esperança, aquela esperança, que ele tanto alimentou era o nosso combustível naquele momento. Todos nós paramos, uma Nação parou, para acompanhar e rezar e rezando pedimos a Deus que não nos tirasse o que tínhamos de melhor. Mas, Deus, em sua plenitude e bondade O recebeu em seu seio. E sabemos que não há melhor lugar de estar do que a Direita do Pai.
você se foi, mas continua eterno em nossos corações.
30 anos sem Ayrton Senna....... 30 anos sem F1.