Conversando pela internet com os primos/as
Adolpho J. Machado (SP) e Elza Bono de Oliveira (Londrina-Pr)
Adolpho: Também venho, há muito tempo, pensando em escrever histórias
antigas da família mas, só as editoras querem ganhar. São fatos narrados pelos
meus pais, inclusive os casos dos parentes benzedores de picaduras de cobras e
insetos venenosos. Acho que um livro assim teria muita aceitação,
principalmente pelos nossos familiares. Seria um reconhecimento aquelas
pessoas que faziam o bem, gratuitamente.
Meus pais conversavam muito com os filhos, contando as histórias antigas e
falando sobre os parentescos. Veja lá no meu site, por exemplo, as crônicas:
“Maroto, um cão de lida” e “As desventuras Amorosas de Marcos, o Escravo”.
Dos casos que a minha mãe contava para os filhos.
Na cidade de Itápolis tem vários Machados que foram prefeitos: Francisco
Adolpho Machado. Ele era irmão de mamãe casado com a irmã do meu pai.
Além de serem primos em segundo grau entre si. Pena que eu, quando busquei,
só encontrei textos. A foto dele não consegui localizá-la.
Minha esposa conheceu ele quando ela se formou na faculdade e ele foi o
paraninfo. Isso foi no final da década de 1970. Tio Chico era irmão dela e da
minha mãe.
Os Machados são politiqueiros, porém, poucos foram ativos na política. Em
Itápolis, além dos netos da tia Julia, teve o Francisco Adolpho, irmão dela que
foi prefeito no início da década de 1930.
Elza Bono de Oliveira: primo J. C. Oliveira. Eu sei, pelos nomes dos seus
antepassados que você é meu parente sim. Só confirmando: Lourença Machado
é irmã de Maria Joaquina Machado (minha avó materna) e sua mãe era Maria
Francisca? Sem sim, ela também era irmã do Leão de Salles Machado. E ela
atendia pelo apelido de Nina? Eu sei que eu tenho uma tia Nina (Lourença) que
mora em Foz de Iguaçu, mas não tive notícias de sua morte não. Estou muito
confusa, pois vejo que você tem parentesco com parentes da minha mãe e
também do meu pai. Adolpho Machado era meu bisavô, pai de minha avó
paterna (Maria José de Oliveira). Já a Lourença Machado era minha tia-avó por
parte de minha avó materna. É isso que dá, casamento entre primos, como no
caso do meu pai e minha mãe. É só para dar um nó na nossa cabeça, não? A
família Machado também se misturou com a família Brandão, em algum
momento, mas não sei quando. Sei também que toda a minha família era de
Itápolis e Ibitinga. Tenho também parentes em Vera Cruz, Marilia e por toda
aquela região. Em Marilia mora a família da Tia Tentinha (não recordo do seu
nome, só do apelido), irmã do tio Leão de Salles Machado, da minha avó
Joaquina e da Lourença. Você a conheceu? Mas enfim, tudo isso que foi dito, foi
pra resumir minha satisfação em descobrir mais um parente nesse emaranhado
de Oliveiras e Machados que formou nossa família. Estou muito feliz em manter
contato com você. Um abraço.
JCOliveira/Elza B. Oliveira: Meu bisavô por parte de minha avó paterna
chamava-se Adolpho Júlio Machado, nasceu em 1854, casou-se com Maria do
Carmo, que gerou Julia Maria, que casou com José Osório de Oliveira, todos da
região de Itápolis-Ibitinga-Brotas-Borborema-Araraquara. Estou pesquisando as
origens, enfim é um bom passatempo. A família Oliveira, misturou com: Polaco;
Leite; Tomitão; Liberato; Shibuta; Atala; Codina; Tangerino; Santos e outros
mais, além dos Machado também.
Meu tio Oliveira e Lourença eram primos, a Lourença faleceu com 94 anos de
idade, em Foz do Iguaçu. Francisco de Paula Ferreira e Maria Massola de
Oliveira, eram pais do meu avô José Osório de Oliveira, que faleceu na cidade de
Borborema em 1940. Essa história vai longe, tudo começo mais ou menos na
década de 1850 na cidade de Brotas-SP, daí regredindo no tempo não sei mais
nada.
Elza para mim: Acho que já falei que temos uma prima que morou muito tempo
em São Paulo, e hoje mora em Sorocaba, a Irene de Oliveira. Ela é mais prima
sua do que eu, pois tinha parentesco mais próximo com o vovô Adolpho. Seu e-
mail, se você quiser falar com ela é www.ireneoliveira8@hotmail.com. Ela
poderá te dar informações maiores sobre a família. Um abraço.
Sabe, J.C. Oliveira, que conheci muitos seus primos, a Cida; Vicente e Benta,
filhos do seu tio “Chiquinho” e tia Lazara? Foi numa época que eles moravam
em Rolândia, também no norte do Paraná. A Benta é mais ou menos da minha
idade, um pouco mais velha, não sei quanto. Ela e o Vicente não saiam da minha
casa, em Apucarana, pois de davam muito com a minha mãe e gostavam muito
de nós. Nós também íamos muito na casa da Lazara. Puxa, quem diria que, num
determinado momento, quando decidi investigar na internet sobre o tio Leão de
Salles Machado, eu ia fazer contato com um primo que iria me fazer recordar de
tantas coisa da minha infância e adolescência! Ah, ia me esquecendo. O seu tio
Sebastião Leite casado com a sua tia Tuca também nos fez uma visita, em uma
ocasião em Apucarana. Pena que minha mãe já faleceu, pois ela poderia falar
muito mais da família e nos dar mais informações.
Zé Carlos, eu li algumas histórias suas no site www.vivasp.com e amei. Eu adoro
saber do passado, principalmente em se tratando de histórias de família. Li,
agora há pouco, a história da sanfona e me identifiquei, pois quando pequena
fiz aulas, mas o professor acabou desistindo de mim, pois não aprendi nadinha
de leitura das notas musicais, visto que tirava todas as músicas de ouvido. Mas
depois fui ficando mocinha e deixei a sanfona de lado, até um dia, quando meu
pai teve uma crise financeira e vendeu meu acordeão. Na época, com toda a
energia voltada para as coisinhas da juventude. Não me preocupei não, mas
hoje, revendo o passado, choro de saudade do tempo em que conseguia tocar e
ouvir o som saindo do teclado movido por minhas mãos. Um abraço primo!
Boa noite prima Elza, a partir do ano 2000, enveredei-me pelos caminhos da
informática, no caso internet, e vivo escrevendo histórias para dois sites, já
constam mais ou menos umas 150 histórias.
Elza para Zé Carlos: A irmã da tia Lourença (a qual tinha o apelido de Nina), é a
tia Joana, irmã mais caçula do tio Leão de Salles Machado. Seu nome é Joana,
mas depois que se tornou freira, inclusive ela ficou amiga “Freira Maria José”,
filha do seu tio Sebastião Leite, enfim duas freiras na família. Ela adotou o nome
de “Irmã Fátima”. Ela viveu muitos anos em Pirajui, ou Piraju, não me lembro
bem mas como já era idosa, está no retiro das irmãs em São Paulo, aí pertinho
de você. Ela é a criatura mais sensível e doce que conheci. É minha tia avó.
Fiquei triste, pois não sabia da morte da tia Lourença (Nina). Mas também, a
idade dela era muito avançada. Um abraço primo.
Apenas recordando: meu tio José Osório de Oliveira (tio Oliveira), nasceu no dia
13-03-1913, Ibitinga-SP, que casou com a prima Lourença, que nasceu no dia 10-
03-1913, faleceu em 2008, na cidade de Foz de Iguaçu, não sei quem é mas ela
tinha uma irmã que era freira. Assim comentavam os primos Oliveira.
Elza Bono de Oliveira para mim:
Nossa, primo como foi bom ler o que você escreveu sobre o seu passeio em
Munhoz de Melo-Paraná! Você falou do cigarro de palha da tia Lourença (pra
nós, tia Nina) e meu deu uma saudade danada!
Eu também gosto de “fuçar” os parentes. Nessa época, 1965, eu morava bem
pertinho, em Apucarana, 15 km de Arapongas. Você citou Aponina, que ela
estava de viagem pra Terra Rica. Terra Rica era onde ela morava. Veja só, uma
coisa muito interessante: em 1965 eu ainda não conheci a Aponina. Em 1966,
meu pai arrendou uma padaria em Terra Rica, por intermédio de um irmão dele
que morava lá perto e nos mudamos pra lá. Um dia, no clube da cidade, veio
uma mulher conversar com minha mãe e, conversa vem, descobriram que eram
primas. Essa mulher era a Aponina. Ficamos em Terra Rica só por dois anos, mas
eu conheci o Zezinho, hoje meu marido e nos casa os em 1968. Depois de
casada, me mudei pra Londrina e depois disso, vi a Aponina só mais umas duas
vezes, quando meus sogros ainda eram vivos. Depois perdi o contato com Terra
Rica e não soube mais da Aponina. A última notícia que eu tive era de que ela
ainda morava por lá. Seus filhos haviam se casado, os três. Ela tem dois filhos
homens e uma mulher, a Vera, que era muito minha amiga. Você viu só? Foi
preciso eu ir morar em Terra Rica pra conhecer uma prima que, antes de se
casar, morava tão perto, em Arapongas.
Bem quanto aos meus pais, lá vai: meu pai Lourenço de Oliveira, filho de
Venceslau Franco de Oliveira e Maria José de Oliveira (ela, filha de Adolpho Júlio
Machado seu bisavô paterno.
Minha mãe: Ercilia Sebastiana Machado de Oliveira, filha de José Francisco
Machado e Maria Joaquina Machado (irmã do tio Leão, da tia Lourença e da tia
Joana, a freira).
Os nomes de meus bisavós eu não recordo não, mas tenho como saber sim. Sei
que meu avô Venceslau, pai do meu pai, era tio do meu avô José Francisco, pai
da minha mãe. Que confusão, não? Eu me recordo de um bisavô por apelido de
vovô Chiquito (era citado tanto pela minha mãe, como pelo meu pai como
vovô), do vovô), do vovô Adolpho, meu bisavô paterno, da vovó Maria Francisca
(mãe da vó Joaquina e da tia Lourença e madrasta do tio Leão), minha bisavó
materna. A vovó Maria Francisca eu cheguei a conhecer. Ela morou uns
tempinhos com minha mãe, aqui em Londrina, depois voltou pra Itápolis, onde
morreu com 104 anos. O nosso parentesco vem dos dois lados, do meu pai de
minha mãe, com certeza, pois eles eram primos também.
Aí em São Paulo, além da Irene, minha prima, tem o tio Machado e a tia Olinda,
que são bem parentes seus, conforme me disse a Irene. Desde criança nós
ouvimos a tia Olinda falar do tio Osório, que vim a saber, era José Osório de
Oliveira, seu parente. Através da Irene, você pode fazer contato com o tio
Machado. Ele também estava fazendo a árvore da família e há algum tempo, me
procurou pra nos incluir, mas não fiquei sabendo do resultado ainda. Eu devo
ter o email do tio Machado. Vou achar e depois te passo. O nome dele é
Brasilino Machado. O melhor seria se nós conseguíssemos nos ver
pessoalmente pra que as coisas ficassem mais claras. Mas o que importa é que
você é meu primo, disso podemos ter certeza. Um abraço, e vamos continuar a
manter contato, tá?
A caminho de Curitiba-Paraná
Em novembro de 1965 a prima Olinda (tio Chiquinho) veio para São Paulo junto
com o meu tio Brás Osório de Oliveira. Foi interessante, meu tio viajou para
uma cidade do Rio Grande do Sul, levando um técnico em rádio comunicação, e
na volta passou em Curitiba com a fotografia do tio Chiquinho, não tinha o
endereço dele, enfim faziam muitos anos que não se viam. Circulando por
Curitiba com a foto nas mãos foi perguntando pra um pra outro, até que,
alguém conhecia o tio Chiquinho e família, que indicou o endereço. Até hoje
não esqueço o nome da Rua Antonio Stival nº 20 – bairro Santa Felicidade –
Curitiba – Paraná.
Meu pai certa ocasião foi para Munhoz de Melo rever seus parentes, tia Maria
Osório/Vicente Liberato; tio Oliveira/Lourença e demais parentes, a lista é
grande.
Na volta ele contava sobre a ida dele para Munhoz de Melo, isso na década dos
idos de 1960, nós ainda morávamos na Vila Carioca – Ipiranga – SP., enfim nós
ficávamos escutando a história, e na minha cabeça eu já começava imaginar se
um dia eu também iria viajar para Munhoz de Melo.
A prima Olinda ficou alguns dias em São Paulo, na época eu tinha saído de uma
indústria gráfica, que recebi uma certa quantia, e veio na cabeça a vontade de ir
com a prima Olinda para Curitiba.
No inicio meu pai não queria deixar ir para Curitiba, mas devido ao estado que
fiquei, deprimido se não fosse, acabou cedendo, e lá vou eu pra Curitiba.
Chegamos em Curitiba bem cedo, acho que lá pelas 6:00 horas da manhã, eu
com uma mala de roupas e a sanfona, coisa de louco, carregar as duas
bagagens. Não importava nada, eu queria era conhecer todos os parentes que
até então não conhecia.