A rua ainda é a mesma, mas a casa não existe mais
Ao rever depois de muito tempo as lembranças turbinaram a saudade, uma manhã ensolarada depois de uma madrugada chuvosa as Oiti acenavam com suas folhas verde e molhadas dando boas-vindas, na esquina uma criança brincava supervisionada por uma senhora que tudo indicava ser sua avó. Com as mãos no bolso disfarçando como alguém que estava procurando o número olhava os detalhes daquele lugar que um dia foi meu paraíso. Numa das residência da mesma rua avistei um velhinho lânguido debruçado no portão, cumprimentei e notei que queria dizer algo e parei: “Rapaz que procuras? “ Nessa ora eu ia inventar algo, mas deixei a emoção extravasar já que meu amigo desconhecido mostrava ser alguém que carecia de alguém para prosear –" Não senhor não procuro eu estou revendo meu antigo lar, que não existe mais nem a casa nem os personagens que ali morou". Notei que a fisionomia do meu amigo desfigurava cada segundo com uma melancolia que dava pena. Aproximou mais do portão ficando pertinho de mim do outro lado da rua e disse: “ Entendo que esta se passando no seu coração, na vida o cenário muda porém o roteiro a história que foram escritas feri como punhal no peito ao ver as mudanças que ocorreram no cenário, onde restou uns dos últimos personagem daquele enredo que deixou saudades.
Despedi de cabeça baixa para idoso não ver chorar, as lembranças trouxeram a tonas as flores que viraram pedras que preciso ruminar e entender que tudo que passo não volta nunca mais.......