NIVALDO BATISTA GALVÃO - In Memorian

 

Quando nos conhecemos, você tinha 13 anos; eu, 16. Nos tornamos amigos, mais que irmãos. E nunca nos separamos, exceto agora, com a sua morte. Lembrar de você, meu amigo é reavivar memórias preciosas que compartilhamos juntos. Suas características únicas e sua presença afetuosa sempre estarão vivas em meu coração. As lembranças de momentos especiais que passei ao seu lado me trazem conforto e alegria, e me faz perceber como fui afortunado por tê-lo em minha vida.

 

Dentre inúmeros momentos especiais que compartilhamos, há aqueles que se destacam pela sua singularidade e emoção. Lembrar das viagens que fizemos juntos; das pescarias; das orações nos montes; das risadas incontroláveis; das conversas profundas e dos abraços, me faz sentir novamente a felicidade que experimentei ao seu lado. Essas memórias preciosas são tesouros que guardarei para sempre.

 

Você possuía uma personalidade cativante que encantava a todos que o conheciam. Com seu carisma envolvente e espírito brincalhão, conseguia conquistar a amizade e o carinho de todos ao seu redor. Sua generosidade e capacidade de ouvir e compreender o próximo eram admiráveis. Você sempre foi uma luz radiante nas vidas das pessoas.

 

Sempre esteve ao meu lado, proporcionando um apoio incondicional em todos os momentos difíceis. Você era aquele amigo que me encorajava a seguir em frente, que ajudava a enfrentar os desafios e que sempre torcia pelo meu sucesso. Conhecia os meus erros, minhas fraquezas; mas, sem nunca apontar o dedo. Sua presença era um conforto absoluto, pois sabia que podia contar com você em qualquer circunstância. Sentirei falta do melhor churrasqueiro; das mudanças de casas que fazíamos. Estávamos sempre carregando a mudança um do outro. Sentirei falta desse apoio tão genuíno e valioso que sempre tive. Você era o único que sempre estava em meus piores momentos.

 

Ao receber a notícia do seu falecimento, fui atingido por uma mistura de emoções intensas. A tristeza e a dor da perda foram avassaladoras, fazendo com que meu mundo parecesse desmoronar.  Vê-lo descer àquela cova rasa e fria, senti-me, mais uma vez deixado para trás; pois, perder um amigo próximo, é algo que afeta profundamente a vida, pois perdemos não apenas a pessoa querida, mas também a conexão, os momentos compartilhados e a alegria da presença. Sua morte confronta com a finitude da vida e faz refletir sobre minha própria mortalidade. É um momento de profunda tristeza e incredulidade, onde me dei conta de que o tempo que tivemos lado a lado foi precioso, e agora, não poderei mais desfrutar de sua companhia. Obrigado por tudo, e até na eternidade, enquanto isso, o manterei guardado em minha memória.

 

 

Tema: "Amigo é coisa para se guardar"* (Milton Nascimento)