é tanto que nem sei
Onze anos sentindo demais, pensando demais, permanecendo disponível demais. Como pode um quase algo me fazer ficar por tanto tempo em nós, eim?!
Não faz sentido pra mim mas acho que as coisas do coração são assim mesmo, né.
Entre idas e vindas, entre pessoas e vidas e tantos eus, tantas coisas mudaram mas isso não. Isso nunca!
E eu te digo nas entrelinhas ao passar de todos esses anos que eu sou tua e você sabe. E você diz que também tenho um espaço em você, aquela porta entreaberta e só. Não há mais nada!
E mesmo sabendo que isso me faz mal, eu não consigo te dizer não quando você me diz um sim.
E as vezes, nos meus momentos de sobriedade de você, eu penso que essas migalhas não me bastam e que eu mereço tantas outras coisas e pessoas certas de mim. Mas quando as tenho, me sinto entediada. Me falta algo. Me falta você e me falta nós. Me falta o emaranhado de tudo o que somos e fizemos e o que deixamos de dizer.
Prometo que um dia, quando me restar um tempo ou faltar espaço eu vou abrir essa gaveta e arrumar essa bagunça. Mas por enquanto vou deixá-la aqui. Já organizei minha casa e guardei minhas coisas nas outras gavetas e caixas que tenho.
Te encontro por aí, nos nossos desencontros e desarranjos da vida.