Submundo
Cada noite que chegava
Era sempre um pesadelo
A falta de luz em casa
Me trazia um desespero
Queria não estar acordada
E ouvindo o som do isqueiro
Naquele vale das sombras
Onde eu chamei de lar
Eu temia todos males que podiam me
alcançar
Quase um filme de terror
Comecei a vivenciar
Cada novo amanhecer
Implorava para acabar
A falta de pão na mesa nem foi o pior de
tudo
Era para eu ser protegida
E não estar no submundo
- traumas de adolescência