DIÁRIO DE VIAGEM: SAUDADES
Eu costumo dizer que algumas saudades - só sente profunda e desesperadamente - quem já viajou para muito longe, quem já morou em outros países, quem já viajou por muitos lugares, quem deixou um pedaço do coração em diferentes cidades ao redor do mundo (...) e sobretudo, quem já vivenciou tudo isso e ainda permanece com o espírito livre.
Não se trata de uma saudade qualquer! Não se reduz à nostalgia! É mais! Infinitamente mais!
É um sentimento único e avassalador! Peculiarmente poético e filosófico! Bonito e doído em toda a sua singularidade!
É lá, entre as páginas do meu passaporte, o lugar onde as minhas memórias mais bonitas fazem morada! Nas fotografias, resta o que fica de tudo o que foi. Me perco entre aquelas imagens, para que então, eu possa me encontrar outra vez. Ali, me transporto para um outro espaço de tempo: viajando pelo mundo.
Essa saudade que hoje toma conta de todo o meu ser - corpo, mente, alma e coração - muito em breve me trará outros horizontes, outras lembranças, outras memórias, outros lugares (...)
Mas até esse dia chegar, sigo vivendo - e respirando - todas as minhas recordações na estrada. Nos portos e aeroportos, nas rodoviárias e nas estações da vida (...) cravando minha alma sem criar raizes e batendo asas mundo afora!