Espelho
Olho-me ao espelho Como se olhasse uma estranha Quem é este rosto velho A olhar para mim? E a tristeza do olhar... Parece não ter fim! Vejo uma figura feminina Que não é mais menina Será a minha? As curvas do corpo atenuadas Umas gordurinhas acumuladas Já não é mais franzina Sua tez já não está fina Os sulcos das rugas Marcas dos anos Não deixam dúvidas Sofreu desenganos Cabelo descuidado Um pouco amassado Há muito perdeu a vontade Hoje quer ser de verdade Rosto lavado Nenhum embelezamento Apenas as marcas do tempo
Que seguem a destempo