SEM PALAVRAS, SEM ADEUS
Foi assim que aconteceu, naquele dia de dor latejante, quando ele morreu.
O Sol se apagou no horizonte, o pranto lavou meu rosto deixando em minha boca um gosto de sal.
Só então percebi que não se morre de amor, por mais doída que seja a despedida.
A noite chegou e as estrelas não apareceram, a lua não brilhou e até o céu chorou. Os pingos da chuva molhavam minha alma e minha dor.
Ele foi meu amor de tantas primaveras.
Juntos atravessamos todas as estações e numa tarde de verão, nos meus braços ele morreu.
Sem palavras, sem adeus.
Simplesmente adormeceu.
Ignez Freitas.
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